tag:blogger.com,1999:blog-8161204252685905942024-03-05T09:00:48.105-04:00HISTÓRIAA postagens dos textos tem o objetivo de proporcionar ao público em geral informações sobre temáticas atualizadas e de fatos do nosso passado histórico.Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.comBlogger75125tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-40389668453487034902013-08-04T13:53:00.003-04:002013-08-04T13:53:45.657-04:00Papa Francisco no Brasil <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Papa Francisco no Brasil: Visita terá caráter estratégico para Igreja.</h1>
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<span style="font-size: small; font-weight: normal;">José Renato Salatiel (jornalista e professor)</span></h1>
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Em sua primeira visita ao Brasil, o papa Francisco cumprirá uma das etapas mais importantes de sua missão de revigorar a imagem da Igreja Católica na América Latina, sobretudo diante da expansão do movimento evangélico na região.</div>
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<span style="color: red; font-size: large;"><b>Ficha-resumo</b></span></div>
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O Brasil é o maior país católico do mundo, com 123,2 milhões de fieis (64,6% da população). Nas últimas décadas, porém, vem perdendo devotos para as igrejas evangélicas. De acordo com o censo do IBGE de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% em 10 anos, enquanto a população católica retraiu, em duas décadas, 22%.<br />
Contribuíram para isso o uso eficiente dos meios de comunicação eletrônicos pelas igrejas evangélicas e o trabalho de pastores nas periferias das cidades. A Igreja Católica, por seu turno, encontrou dificuldades para tratar questões contemporâneas como o aborto, o divórcio e o homossexualismo.<br />
Além disso, o Vaticano envolveu-se em escândalos sexuais -- com clérigos acusados de pedofilia -- e de corrupção. A pressão da opinião pública foi um dos motivos que levaram o papa emérito Bento XVI a renunciar em 11 de fevereiro, surpreendendo o mundo cristão. Foi o primeiro papa a abdicar do cargo desde 1415.<br />
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Em 13 de março, o Conclave escolheu o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio (que adotou o nome de Francisco) como substituto de Bento XVI.<br />
A escolha do primeiro papa latino-americano da história não foi por acaso: a América Latina, que concentra 45% dos católicos no mundo, é vista por Roma como uma base estratégica para a superação da crise do catolicismo na Europa.<br />
<strong>Juventude</strong><br />
Bento XVI esteve no Brasil em 2007. Já em sua primeira viagem, o papa Francisco participa da Jornada Mundial da Juventude, evento religioso que reúne cerca de 2,5 milhões de católicos no Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de julho.<br />
O encontro acontece a cada três anos, mas foi antecipado para não coincidir com a Copa do Mundo de 2014. O último foi realizado em 2011, em Madri, na Espanha. Durante o evento no Brasil são realizadas missas, palestras, shows e outras atividades religiosas.<br />
O maior encontro internacional de jovens católicos foi criado pelo papa João Paulo II em 1984. A primeira edição aconteceu em Roma, dois anos depois. Contudo, a preocupação da Igreja Católica com os jovens é mais antiga. Ela data do Concílio do Vaticano II, de 1965, período de agitações culturais, políticas e comportamentais.<br />
Na década de 80, o Vaticano percebeu que essa revolução nos costumes afastava os jovens da vida católica e da vocação eclesiástica. Como efeito, caía o número de sacerdotes ao passo que crescia a quantidade de adolescentes que se desligavam da tradição religiosa.<br />
Por isso, os encontros com o papa serviriam como uma “vitrine” do Catolicismo, de forma a revigorar a fé católica entre os mais jovens.<br />
<strong>Corrupção</strong><br />
Até agora, o papa Francisco exerceu um pontificado discreto, sem muitas mudanças ou polêmicas.<br />
Seus primeiros atos foram administrativos e tiveram repercussão interna na igreja. Ele nomeou comissões especiais para investigar desvios de dinheiro do Banco do Vaticano e para trocar o comando da Cúria Romana, órgão administrativo da Santa Sé que é alvo de denúncias de corrupção, nepotismo e abusos de poder.<br />
As supostas irregularidades tornaram-se públicas com a divulgação de documentos secretos do Vaticano, no ano passado, no escândalo que ficou conhecido como Vatileaks (em referência ao Wikileaks).<br />
No começo de julho, o diretor-geral do Banco do Vaticano renunciou ao cargo devido às investigações da Justiça, três dias após a prisão de um clérigo que era contador na Cúria.<br />
Na esfera religiosa, o papa assinou, no começo de julho, o decreto de canonização de dois papas considerados importantes na história moderna do Catolicismo: João Paulo II e João XXIII, que serão santos por conta de milagres atribuídos a eles.<br />
Uma das características do papa Francisco é o despojamento e a popularidade. Ele abriu mão de privilégios, vive em um apartamento comum, pagou as contas do hotel onde se hospedou durante o Conclave em Roma e, em comunicado oficial, admitiu os próprios pecados. Ele também demonstra maior contato físico com os fieis durante suas aparições públicas.<br />
No Brasil, o papa encontrará um país ainda agitado por uma recente onda de protestos políticos, mas não uma igreja dividida por conflitos, como os que marcaram a oposição do Vaticano às doutrinas social-cristãs na época da ditadura. Mesmo tendo a tarefa de divulgar o Catolicismo em uma nação que gradualmente perde adeptos, o tom será conciliador.<br />
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<div class="conteudo">
<h3 class="color1">
Estudante: Fique Ligado</h3>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="modTabelaData" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><td>Para o estudante secundarista e o vestibulando, a visita do papa Francisco é um gancho para tratar de questões históricas relaciondas ao cristianismo e à igreja católica. É um convite ao estudo desses temas pela perspectiva da história geral. Como complemento, vale conhecer o que dizem os estudos históricos sobre Jesus Cristo, por uma perspectiva laica.<br /><h3 class="color1">
Direto ao ponto</h3>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="modTabelaData" style="color: black; text-align: start; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td>Em sua primeira viagem ao Brasil, o papa Francisco participa da Jornada Mundial da Juventude, evento religioso que reúne cerca de 2,5 milhões de católicos no Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de julho. O cardeal argentino foi eleito em 13 de março após a renúncia do papa Bento XVI.<br />
O encontro acontece a cada três anos, mas foi antecipado pra não coincidir com a Copa do Mundo de 2014. O último foi realizado em 2011, em Madri, na Espanha.<br />
O maior encontro internacional de jovens católicos foi criado pelo papa João Paulo II em 1984. A primeira edição aconteceu em Roma, dois anos depois. O objetivo é atrair jovens para a fé católica, em meio a um processo de descristianização na Europa e de crescimento de igrejas evangélicas na América Latina.<br />
O Brasil é o maior país católico do mundo, com 123,2 milhões de fieis. Nas últimas décadas, porém, vem perdendo o número de devotos para as igrejas evangélicas. De acordo com dados do IBGE de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% em 10 anos, enquanto a população católica retraiu 22% em duas décadas.</td></tr>
</tbody></table>
<br /><span style="font-size: large;">Sugestões de estudo para se preparar para o vestibular e ENEM:</span><br />http://educacao.uol.com.br/disciplinas/atualidades/papado-joao-paulo-2-bento-16-e-a-historia-dos-papas.htm<br />http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/imperio-romano---cristianismo-da-pregacao-de-jesus-a-constantino.htm.<br />http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/igreja-catolica-1-na-idade-media-essa-instituicao-ganhou-forca-politica.htm.<br />http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/igreja-catolica-2-arquitetura-e-arte-crista.htm<br />http://educacao.uol.com.br/biografias/jesus-cristo.jhtm<br /><br /><b>FONTE:</b> http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/papa-francisco-no-brasil-visita-tera-carater-estrategico-para-igreja.htm</td></tr>
</tbody></table>
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<span style="font-size: small; font-weight: normal;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: small; font-weight: normal;"><br /></span></div>
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Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-57658763410883510562013-04-10T14:50:00.002-04:002020-04-07T09:30:14.830-04:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
O Ciclo do Pau-Brasil - 1503</div>
07/01/2009 - Fernando Kitzinger Dannemann<br />
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Muito antes da chegada de Cabral às terras ameríndias, os europeus já conheciam a madeira de cujo cerne avermelhado, cor de brasa, extraíam um corante com que se tingiam panos. Era trazido das Índias pelos árabes, que auferiam grandes lucros nessa empresa, já que a cor vermelha dos tecidos, durante muitas décadas reservada aos eclesiásticos, entrara na preferência do vestuário burguês.<br />
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O pigmento responsável pela cor (substância depois denominada “brasilina”) era utilizado para tingidura desde a Idade Média. No século 16, seu valor comercial tornou-se tão grande que influiu na disputa por novas terras, entre franceses, holandeses e portugueses. Botanicamente, trata-se de árvore da família das leguminosas, pertencente à espécie Caesalpinia echinata (nome derivado dos numerosos espinhos que possui no tronco), praticamente extinta no século 20.<br />
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Em sua segunda expedição (1503) às terras encontradas três anos antes, Américo Vespúcio enviou a dom Manuel, rei de Portugal, um relatório informando que entre as riquezas procuradas as de maior proveito eram “infinitas árvores de pau-brasil”. Realmente, quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram nas matas atlânticas da região do Espírito Santo e da Bahia uma enorme quantidade de madeira de lei (caviúna, jacarandá e outras), especialmente uma árvore alta (8 a 10 metros e diâmetro de 80 centímetros), dura e resistente, cujo cerne tinha intensa coloração vermelha, da cor de brasa. Por isso, recebeu o nome de pau-brasil.<br />
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Logo após o regresso da expedição de Américo Vespúcio, dom Manuel colocou o comércio do pau-brasil sob monopólio da Coroa, mas os lucros obtidos com sua exploração eram bem inferiores aos que Portugal vinha conseguindo apurar com as especiarias trazidas da Índia. Assim, a extração da madeira foi entregue a uma companhia particular que se obrigou a vender todo o produto à Coroa, tendo-se estabelecido, para isso, um consórcio comercial de cristãos novos (de origem judaica) chefiados por Fernando de Noronha, com uma concessão de três anos.<br />
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Os primeiros mercadores comprometeram-se a enviar às novas terras seis navios por ano, explorar 300 léguas do seu território, além de construir e manter feitorias no litoral, pagando uma taxa fixa (4.000 ducados por ano) à Coroa portuguesa, em troca da licença concedida. Vencido o prazo da concessão, Fernando de Noronha conseguiu renová-la até 1511. Durante esse período a exploração anual da madeira foi avaliada em cerca de 20.000 quintais (medida equivalente a 4 arrobas, ou 60 quilos, a unidade), valendo cada um deles em torno de 2 ducados e meio (moeda de ouro e de valor variável, usada antigamente em muitos países da Europa) . A partir de 1513 o contrato passou para as mãos de Jorge Lopes Bixorde, mas bastante alterado: a companhia, por exemplo, poderia comerciar livremente a madeira, mediante imposto no valor de um quinto do carregamento.<br />
<br />
Segundo Gabriel Soares de Souza, no Tratado Descritivo do Brasil de 1587, a madeira existia em abundância no litoral do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte. A de melhor qualidade era obtida em Pernambuco, onde recebia o nome de “pau de Pernambuco”, e de onde saíam enormes carregamentos. O pau-brasil era extraído de maneira rudimentar. Os índios, que o chamavam de ibirapitinga, derrubavam as árvores e as empilhavam em troca de presentes. Eram eles também que, caminhando várias léguas, transportavam achas e toras nos ombros, ate o porto, e carregavam os navios (trabalho que seria executado pelos negros, após a introdução da escravatura).<br />
<br />
Os franceses já haviam entrado em contato com os indígenas desde 1504, instalando feitorias no litoral brasileiro e enviando regularmente para a Europa navios carregados de madeira. Os protestos de dom Manuel jamais foram aceitos por Francisco I, rei da França. Mais habilitados no trato com os índios, os franceses conseguiram maiores vantagens que os português, mas seu sistema de exploração causou graves prejuízos às matas brasileiras: ao invés de cortar as árvores, eles ateavam fogo na parte inferior do tronco, provocando assim muitos incêndios que também matavam animais e destruíam preciosas essências (na ilustração, flores do pau-brasil).<br />
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Com a finalidade de acabar com a “pirataria estrangeira”, dom João III enviou expedições de guarda-costas para a colônia. Entre 1516 e 1519, e entre 1526 e 1528, os portugueses, chefiados por Cristóvão Jaques, conseguiram afundar e apreender vários navios franceses. Mas o policiamento era insuficiente para cobrir todo o imenso litoral brasileiro, e por isso Portugal viu-se diante da única alternativa para impedir o contrabando francês: enviar colonos para povoar definitivamente a nova terra.<br />
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Em 1530 Martim Afonso de Souza partiu de Lisboa à frente de quatrocentos homens, trazendo semente, mudas de plantas, instrumentos agrícolas e gado, com instruções para fundar feitorias e lotear o território da colônia. Após deixar três colonos na Bahia, ele chegou à baía de Guanabara, onde os franceses haviam se instalado. Três meses depois seguiu em direção ao sul, atingindo o rio da Prata. O navegador português fundou vilas (São Vicente, Santo Amaro e Santo André da Borda do Campo), e de regresso a Pernambuco aprisionou dois navios piratas carregados de pau-brasil, matando toda a tripulação. Ainda assim, em 1532, a fragata La Pelerine, transportando cerca de 5.000 toros, foi apreendida por uma frota portuguesa em Málaga e conduzida à corte de Lisboa.<br />
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Diante da insistência francesa, Portugal dividiu o Brasil em várias capitanias, cada uma delas tendo por governador um capitão-mor encarregado de controlar o litoral e expulsar os piratas franceses. Mas já se encontrava em declínio o curto ciclo do pau-brasil: a madeira escasseava e o nomadismo que caracterizava a atividade extrativa, impedia a constituição de verdadeiros núcleos de povoamento, Apesar do esgotamento das matas junto ao litoral, a extração continuou sob a forma de monopólio régio, possibilitando mesmo uma pequena exportação.<br />
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Até 1660, quando o pau-brasil já não era o principal produto exportado, os lucros eram consideráveis. Segundo balanço da época, num embarque de 10.000 quintais (limite máximo admitido no contrato), registrou-se a renda bruta de 40 contos. Eram deduzidos 10 contos de custo no Brasil, 3 contos de despesas com o transporte para Portugal, e 21 contos pagos a Real Fazenda. Isto significava 34 contos de despesas e 6 contos de lucros. Nessa época, a exploração do pau-brasil já estava sendo ultrapassada por uma nova atividade econômica: a da cana-de-açúcar.<br />
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Fonte: Enciclopédia Abril<br />
Este texto também foi publicado em www.efecade.com.br, que o autor está construindo. Visite-o e deixe a sua opinião.<br />
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Fonte do texto: http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1152955</div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-20992427862964843592012-11-05T14:23:00.000-03:002012-11-05T14:23:30.264-03:00Revolução Francesa: Simulado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Simulado: Revolução Francesa<br />
1 - (CES – 2000) Durante a Revolução Francesa, Luis XVI perdeu seus poderes absolutos; o feudalismo foi abolido e os bens eclesiásticos nacionalizados. Isso aconteceu:<br />
a) No ano da Queda da Bastilha;<br />
b) Durante o período do Terror;<br />
c) Quando Napoleão tomou o poder;<br />
d) Na fase da Convenção;<br />
e) No período do Diretório.<br />
2 - (UNIBH – 1999) Sobre a Revolução Francesa é correto afirmar, EXCETO:<br />
a) Ela é um marco na História do Mundo Contemporâneo, e suas idéias não se difundiram apenas na Europa, mas vão estar presentes no processo de emancipação política da América Espanhola em fins do século XVIII e princípios do século XIX.<br />
b) Ela é considerada uma revolução burguesa clássica, provocada por uma gama de fatores e de contingências, num contexto em que cresciam a oposição ideológica ao regime absolutista e a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade.<br />
c) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada no dia 26 de agosto de 1789, foi um documento importante no qual os norte-americanos se basearam para fazer a Declaração da sua Independência e, mais tarde, a sua Constituição.<br />
d) Muitas das conquistas sociais e políticas da Revolução Francesa foram difundidas em outros países durante a “Era Napoleônica” (1799–1815); entre elas, a igualdade dos indivíduos perante a lei e o direito de propriedade privada.<br />
3 - (UNIBH – 1999) - “A primeira preocupação desses republicanos precavidos, ao fazerem o inventário da herança deixada pela Revolução, era de excluir a fase montanhesa e especialmente a robespierrista”. (GÉRARD, Alice. A Revolução Francesa.)<br />
As fases que se tentava excluir da herança revolucionária foram assinaladas, EXCETO, pela<br />
a) elevação de Napoleão Bonaparte ao poder, na forma de Primeiro Cônsul.<br />
b) elaboração da Constituição do ano I (1793), que estabeleceu o sufrágio universal.<br />
c) criação do Tribunal Revolucionário e instalação do período do Terror.<br />
d) efetivação da reforma agrária, tomando as terras da nobreza e do clero.<br />
4 - (FGV – 1997) O processo de afirmação da chamada Civilização Ocidental, do século XV ao XIX, está intimamente relacionada ao desenvolvimento do capitalismo e ao fortalecimento da classe burguesa. Sobre ele, é incorreto afirmar que:<br />
a) a defesa dos direitos fundamentais do homem e da propriedade privada constituiu um dos princípios básicos do ideário burguês;<br />
b) a Revolução Gloriosa da Inglaterra, em 1688, significou o primeiro momento histórico em que a burguesia passa a participar efetivamente do poder do Estado, através do Parlamento;<br />
c) o ideário liberal ultrapassou o continente europeu e serviu de bandeira para o movimento de independência dos EUA;<br />
d) a Revolução Francesa de 1789-1794 representou a ascensão burguesa ao poder, mas sob o predomínio de forças conservadoras responsáveis pela manutenção da Monarquia absoluta.<br />
e) após 1815 verificou-se um recuo na expansão do liberalismo com o Congresso de Viena. No entanto, novas ondas liberalizantes invadiram a Europa após 1830 e 1848.<br />
5 - (FGV – 1998) Uma das fases mais dramáticas da Revolução Francesa ficou conhecida como "O Terror", período em que o poder estava nas mãos dos jacobinos que dominavam a Convenção. Assinale o fato abaixo que ocorreu nesta fase:<br />
a.) convocação dos Estados Gerais por Luís XVI;<br />
b.) aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;<br />
c.) queda da Bastilha;<br />
d.) abolição dos direitos feudais sobre os camponeses;<br />
e.) os preços dos alimentos foram tabelados;<br />
6 - (FUVEST – 1995) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que<br />
a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.<br />
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.<br />
c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes.<br />
d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou em mais de um século, o progresso econômico da França.<br />
e) abortou, pois a nobreza sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.<br />
7 - (FUVEST – 2000) Há controvérsias entre historiadores sobre o caráter das duas grandes revoluções do mundo contemporâneo, a Francesa de 1789 e a Russa de 1917; no entanto, existe consenso sobre o fato de que ambas<br />
a) fracassaram, uma vez que, depois de Napoleão, a França voltou ao feudalismo com os Bourbons e a União Soviética, depois de Gorbatchev, ao capitalismo.<br />
b) geraram resultados diferentes as intenções revolucionárias, pois tanto a burguesia francesa quanto a russa eram contrárias a todo tipo de governo autoritário.<br />
c) puseram em prática os ideais que as inspiraram, de liberdade e igualdade e de abolição das classes e do Estado.<br />
d) efetivaram mudanças profundas que resultaram na superação do capitalismo na França e do feudalismo na Rússia.<br />
e) foram marcos políticos e ideológicos inspirando, a primeira, as revoluções até 1917, e a segunda, os movimentos socialistas até a década de 1970.<br />
8 - (MACKENZIE – 1999) Desde a abertura dos Estados Gerais em 1789, a roupa possui um significado político. Michelet descreveu a diferença entre a sociedade dos deputados do terceiro Estado, à frente da procissão de abertura, como uma massa de homens vestidos de negro com trajes modestos e o grupo refulgente dos deputados da nobreza com seus chapéus de plumas, suas rendas, seus paramentos de ouro. Segundo o inglês John Moore, uma grande simplicidade, e na verdade a avareza no vestuário era considerada prova de patriotismo.<br />
Michelle Perrot Dentre os motivos da convocação da Assembléia a que se refere o texto, destacamos:<br />
a) anular as medidas radicais de alcance social, implementadas por Robespierre.<br />
b) o interesse do rei em abolir a desigualdade de impostos e confiscar os bens do clero.<br />
c) a crise financeira e econômica que atravessava o Governo de Luís XVI.<br />
d) estabelecer a transformação dos membros do clero em funcionários civis do estado.<br />
e) abolir o feudalismo, estabelecendo as liberdades civis e o voto censitário.<br />
9 - (LA SALLE – 1999) “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e “Paz, Pão e Terra”, foram lemas conhecidos de duas importantes revoluções. Estamos falando, respectivamente:<br />
a) Da Revolução Industrial, responsável pela criação de um sistema fabril mecanizado com capacidade de produção em grandes quantidades, e da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa.<br />
b) Da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa, e da Guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos.<br />
c) Da guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos, e da Revolução Russa, responsável pela instauração de um regime socialista na Rússia.<br />
d) Da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa, e da Revolução Russa, responsável pela instauração do regime socialista na Rússia.<br />
e) Da Revolução Russa, responsável pela instauração do regime socialista na Rússia, e da guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos<br />
10 - (PUC – MG – 1997) No século XVIII, os homens de princípios liberais que dirigem o processo revolucionário na França desejam, EXCETO:<br />
a) destruir o absolutismo monárquico, instaurando um governo representativo e limitado.<br />
b) abolir o direito à propriedade, assegurando o livre exercício da democracia popular.<br />
c) romper os controles da política mercantilista, estabelecendo uma economia de livre mercado.<br />
d) acabar com as ordens sociais privilegiadas, reconhecendo a igualdade civil dos homens.<br />
e) opor-se ao domínio do religioso na cultura, fundando uma sociedade baseada na racionalidade.<br />
11 - (PUC – MG – 1998) A Revolução Francesa é um tema da contemporaneidade, porque:<br />
a) inaugura a sociedade capitalista.<br />
b) fornece a base da atual prática política.<br />
c) cria a atual divisão de classes sociais.<br />
d) retira o poder da velha aristocracia.<br />
e) denuncia o arcaísmo do regime monárquico.<br />
12 - (PUC – MG – 1998) Tanto na Revolução Inglesa do século XVII, como na Francesa de 1789, os reis têm suas cabeças cortadas. No imaginário dessas revoluções burguesas, tal fato significa que:<br />
a) a monarquia fere o espírito liberal.<br />
b) a riqueza determina o controle do poder.<br />
c) a morte do rei representa a libertação.<br />
d) o povo deve escolher o seu governo.<br />
e) o poder popular alcança sua plenitude.<br />
13 - (PUC – MG – 1998) Refere-se aos princípios básicos da “Declaração dos Direitos do Homem e o Cidadão”, proclamada na França em 1789:<br />
I. Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei.<br />
II. Direito de resistência à opressão política e direito à propriedade individual.<br />
III. Liberdade de pensamento e de opinião.<br />
a) se apenas o item I estiver correto.<br />
b) se apenas os itens I e II estiverem corretos.<br />
c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.<br />
d) se apenas os itens II e III estiverem corretos.<br />
e) se todos os itens estiverem corretos.<br />
14 - (PUC – MG – 1998) Vários são os modelos de Revolução Burguesa, que ocorreram na Europa entre os séculos XVII e XIX, no entanto, elas têm como ponto comum:<br />
a) a total ruptura dos padrões do Antigo Regime.<br />
b) a intensa participação das camadas populares.<br />
c) a instalação do regime republicano parlamentar.<br />
d) o fim dos regimes monárquicos absolutistas.<br />
e) o reconhecimento da igualdade social e civil.<br />
15 - (PUC – MG – 1998) No Antigo Regime, a aristocracia francesa tinha como privilégios, EXCETO:<br />
a) o monopólio das funções políticas mais importantes.<br />
b) a isenção do pagamento de taxas e impostos.<br />
c) o controle das atividades manufatureiras e comerciais.<br />
d) a sujeição a leis e tribunais especiais e exclusivos.<br />
e) a desobrigação frente a todo trabalho produtivo.<br />
16 - (PUC – RJ – 1998) No que se refere às singularidades da sociedade francesa do chamado Antigo Regime, são corretas as afirmações abaixo, com EXCEÇÃO de:<br />
a) Os membros da Igreja Católica, em especial, o alto clero, desfrutavam de cargos e posições sociais que os aproximavam, em importância, da nobreza de Corte.<br />
b) As hierarquias sociais eram atenuadas pelas possibilidades de mobilidade vertical e horizontal, fundamentadas por valores de exaltação do mérito pessoal e do desempenho intelectual ou econômico.<br />
c) o exercício da representatividade política baseava-se na organização estamental e viabilizava, na prática, a força decisória do primeiro e segundo estados dentro dos Estados Gerais.<br />
d) A condição de nascimento era um dos critérios centrais para a determinação de identidades e influências, interferindo diretamente na manutenção dos privilégios da nobreza, bem como nas divisões internas a este grupo.<br />
e) Na classificação jurídico-política, os grupos burgueses, com destaque para os comerciantes e financistas, compunham, a despeito de suas riquezas e propriedades juntamente com os camponeses e sans-cullotes, o chamado Terceiro Estado.<br />
17 - (PUC – RS – 1999) Durante o período 1789-1792, foi estabelecida na França a Monarquia Constitucional. Entre os novos princípios estabelecidos pela Assembléia Nacional, encontram-se<br />
1. A igualdade jurídica de todos os indivíduos e o direito de voto universal.<br />
2. A liberdade completa da produção e circulação de bens e o direito à propriedade.<br />
3. A separação entre a Igreja e o Estado e o direito à liberdade de crença e opinião.<br />
4. O confisco das terras não-produtivas e o direito do proprietário de receber indenização do Estado.<br />
5. O poder executivo confiado ao rei e o direito exclusivo do Estado na cobrança dos impostos.<br />
A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa<br />
a) I e II<br />
b) I e III<br />
c) II e III<br />
d) II e IV<br />
e) II e V<br />
18 - (UFF – 1996) “República? Monarquia? Eu não conheço senão a questão social”. A afirmação de Robespierre, dirigente máximo do processo revolucionário francês na fase da Convenção, ilumina a face popular da Revolução Francesa, especialmente o combate aos privilégios do Rei e da aristocracia. Assinale a opção que melhor caracteriza, historicamente, a investida revolucionária contra os privilégios do Antigo Regime, deflagrada na França entre fins do século XVIII e inícios do XIX:<br />
a) Adotada pela Assembléia Constituinte francesa em agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamou a igualdade de todos os franceses perante a lei, abolindo-se as distinções de nascimento, os privilégios aristocráticos e as desigualdades de fortuna.<br />
b) Refletindo na América Hispânica, o ideal francês de igualdade social resultou na independência dos países latino-americanos e na imediata abolição dos regimes de trabalho servis até então vigentes.<br />
c) Na América Portuguesa, a influência da Revolução Francesa se fez notar logo em 1789, com a Inconfidência Mineira, conjuração que aspirava fundar uma República nos moldes da Convenção francesa, cortando-se os laços com a metrópole e abolindo a escravidão.<br />
d) A possessão francesa de Saint-Domingue, atual Haiti, foi cenário do radicalismo extremo a que chegou a onda revolucionária, não obstante a manutenção constitucional da escravidão e a instalação de um regime monárquico inspirado nos quilombos.<br />
e) A fase mais radical do processo revolucionário francês deu-se na Convenção, entre 1793 e 1794, fase em que o Comitê de Salvação Pública ancorado na agitação dos sans-cullotes, ordenou a execução de vários membros da antiga nobreza e do próprio rei, Luís XVI.<br />
19 - (UFF – 1998) Quanto à Revolução Francesa é correto afirmar que:<br />
a) definiu-se como um movimento de intelectuais defensores de um modelo político baseado na centralização estatal;<br />
b)juntamente com a Revolução Americana, contribuiu para os movimentos de independência da América Latina, após 1808;<br />
c) no Brasil, influenciou positivamente as reformas pombalinas, na segunda metade do século XVIII;<br />
d) não influiu sobre os termos e o vocabulário da política liberal e radical democrata na maior parte do mundo;<br />
e) esgotada pelas divisões internas após a fase do Terror, não teve qualquer<br />
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influência nos movimentos político-sociais posteriores.<br />
20 - (UFMG – 1999) A maioria dos historiadores atribui à Revolução Francesa uma contribuição decisiva para a construção de novos valores políticos e sociais do mundo contemporâneo.<br />
Esse entendimento está baseado<br />
a) nas formulações políticas dos jacobinos, que permitiram a rápida implantação do sistema capitalista na Europa.<br />
b) no simbolismo da Revolução, que representou o rompimento com o absolutismo e a ampliação da noção de cidadania.<br />
c) na atuação dos girondinos, que defendiam a revolução como a única forma eficiente de ação política.<br />
d) no revigoramento dos laços de solidariedade das corporações de ofício, que preparou terreno para a ação sindical dos trabalhadores.<br />
21 - (UFPB – 1995) As revoluções e as reformas políticas européias nos séculos XVII e XVIII são significativas no contexto ocidental. Elas marcam a<br />
a) transição de sociedades de castas para sociedades rigidamente hierarquizadas em padrões monetários.<br />
b) dissolução do mundo burguês e desenvolvimento da cultura e sociedade modernas.<br />
c) ruptura da tradição judaico-cristã e emergência das concepções protestantes da vida e das formas de produção.<br />
d) transição de sociedades estamental-feudais para sociedades capitalistas e liberal-burguesas.<br />
e) destruição das práticas mercantilistas e instauração da ordem capitalista-monopolista.<br />
22 - (UFPB – 1998) A Revolução Francesa foi entrecortada por várias fases, que serviram de cenário para conflitos, sonhos e redefinições políticas. Com relação ao período da Convenção, é FALSO afirmar:<br />
a) O governo decretou o aumento de impostos sobre os ricos.<br />
b) O rei Luís XVI foi condenado e guilhotinado por traição e desvios de verbas para a Contra-Revolução.<br />
c) A cidadania foi ampliada para todos os trabalhadores, inclusive com a abolição da escravidão nas colônias francesas.<br />
d) O Terror teve início, atingindo os próprios membros da Convenção.<br />
e) A Declaração dos Direitos do Homem foi assinada, atendendo às pressões do povo.<br />
23 - (UFRJ – 1998) “Se o homem no estado da natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá mão da liberdade”.<br />
(LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. In: Os Pensadores. Rio, Abril Cultural, 1987.).<br />
a) Os anos de 1793/94, marcaram a ascensão dos Jacobinos ao poder e a consequente implantação do Terror. Em relação a este período pode-se afirmar que, além das leis do máximo, que estabeleciam um teto máximo para os preços, estavam em vigor:<br />
b) Section de Sans-Culottes, que restringia o número de loja ou oficina para os comerciantes; igualdade de benefícios sociais; educação gratuita.<br />
c) pão barato; igualdade nos benefícios sociais; aprovação da Constituição Civil do Clero.<br />
d) Section de Sans-Culottes; que restringia o número de loja ou oficina para os comerciantes; igualdade de benefícios sociais; queda da Bastilha.<br />
e) declaração de Plinitz; queda da Bastilha; Section de Sans-Cullotes, que restringia o número de loja ou oficina para os comerciantes. queda da Bastilha; convocação dos Estados Gerais.<br />
24 - (UNIPAR – 2000) Com relação ao processo da Revolução Francesa e os seus desdobramentos, podemos afirmar corretamente:<br />
a) A monarquia absoluta francesa nunca atingiu os níveis de intolerância e repressão encontrados na Inglaterra, daí o apoio maciço que recebeu dos nobres e dos burgueses no início da Revolução.<br />
b) A decretação do fim dos privilégios feudais pelo rei Luís XVI foi o estopim para o início do processo revolucionário que uniu a nobreza ao restante da sociedade.<br />
c) A Assembléia Constituinte revelou o caráter conservador da Revolução, pois manteve intocados os privilégios da Igreja Católica.<br />
d) Robespierre foi o líder da Revolução que se destacou pelo equilíbrio de suas ações e pelas tentativas de pacificar o país internamente através de várias concessões aos nobres e burgueses.<br />
e) A reação conservadora a partir de 1795 começou a consolidar o poder da grande burguesia francesa que buscou o apoio do Exército para estabilizar o país, culminando com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder.<br />
25 - (UPE – 2000) "As circunstâncias da Revolução levaram ao desaparecimento da literatura dos salões e das academias, mas esse vazio foi largamente compensado pelas produções da eloqüência das assembléias e dos clubes" (Gaspard, Claire. "Literatura e Poesia" in Vovelle, Michel. França Revolucionária. Editora Brasiliense, p.159). A afirmação acima mostra que a Revolução alterou aspectos importantes da vida francesa das últimas décadas do século XVIII, por isso não seria incorreto considerar que:<br />
a) a burguesia conseguiu transformar a sociedade francesa, preservando sua hierarquia política devido a sua aliança com a aristocracia;<br />
b) houve uma mobilização política que levou a uma queda de hábitos do passado, mantendo a força milenar da monarquia;<br />
c) a burguesia conseguiu uma vitória que mexeu com a hierarquia política francesa, contando com o forte apoio dos camponeses e artesãos;<br />
d) a monarquia francesa sofreu mudanças estruturais face à instalação imediata de um governo republicano com a queda da Bastilha;<br />
e) a Revolução Francesa consagrou ideais da burguesia, defendidos pelos intelectuais iluministas, servindo de modelo para outros movimentos políticos da modernidade.<br />
26 - (UFSCAR – 2000) As revoluções contra o poder absolutista dos reis atravessaram grande parte da história moderna da Europa. Houve, no entanto, diferenças entre as revoluções francesa e inglesa. Assinale a alternativa correta.<br />
a) Na França, a oposição ao absolutismo implicou, ao contrário do que ocorreu na Inglaterra, o estabelecimento de um regime republicano, mesmo que passageiro.<br />
b) A revolução inglesa, diferentemente da francesa, reivindicou os direitos do Parlamento contra o arbítrio real, expressos por documentos escritos que remontavam à Idade Média.<br />
c) A revolução inglesa, ao contrário da francesa, contou com o apoio popular na luta contra os reis absolutistas, desvinculando-se de disputas entre facções religiosas.<br />
d) A luta contra o absolutismo na França distinguiu-se do processo que se desenvolveu na Inglaterra pela violência e execução do monarca absolutista.<br />
e) A revolução francesa removeu os obstáculos impostos à economia pelo antigo regime, industrializando o país no século XVIII; na Inglaterra, ao contrário, a revolução conteve o crescimento econômico.<br />
27 - (UNIFOR – 1998) "(...) de maneira geral, essa fase pode ser apontada como o momento em que se consolidam as instituições burguesas na França e esta exerce uma crescente hegemonia na Europa."<br />
Em relação à Revolução Francesa, o texto refere-se ao período<br />
a) jacobino.<br />
b) girondino.<br />
c) montanhês.<br />
d) napoleônico.<br />
e) dantoniano.<br />
28 - (UNIFOR – 1998)<br />
I.“... intensificação da política econômica mercantilista, pela monarquia, com o objetivo de promover a concorrência dos produtos manufaturados nos mercados dominados pelos ingleses.”<br />
II “... para essa camada social tratava-se de garantir seus direitos e se definir como classe social, numa sociedade onde, apesar de sustentar o Estado e ser a classe econômica dominante, sua posição de prestígio político e jurídico era extremamente limitada em função dos privilégios das outras duas classes.”<br />
III “... para ela era necessário destruir os obstáculos ao crescimento e à modernização do país, como por exemplo, o absolutismo (...) e o mercantilismo caracterizado pelo controle da economia pelo Estado.”<br />
IV.“... a massa camponesa (...) pretendia alterar as relações de trabalho e acabar com os resquícios do feudalismo...”<br />
V.“... foi uma revolução essencialmente social, pelas transformações que provocou nas diferentes sociedades no mundo Ocidental e Oriental...”<br />
Os itens que podem ser associados à Revolução Francesa estão reunidos SOMENTE em<br />
a) I e IV<br />
b) I e V<br />
c) II e V<br />
d) II, III e IV<br />
e) I, III e V<br />
29 - (UNIFOR – 2000) Entre as datas que marcaram a Revolução Francesa de 1789, uma das mais significativas é a de 26 de gosto, data da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, pois esta Declaração representa<br />
a) a defesa do regime constitucional como forma de garantir governos baseados no despotismo esclarecido, isto é, que defendem a liberdade de culto, de imprensa e o sistema de representação política.<br />
b) a introdução dos ideais de coletivização da propriedade e dos meios de produção no Ocidente como forma de reduzir as desigualdades sociais.<br />
c) o marco simbólico maior dos princípios da cultura sócio-política moderna no Ocidente, isto é, o Direito e a Cidadania como origem e resultados da república e da democracia.<br />
d) o controle do Estado sobre a economia, com o objetivo de harmonizar os interesses individuais e coletivos, gerando progresso social.<br />
e) a desestruturação dos princípios oriundos das Revoluções Liberais, centrados na liberdade, fraternidade e igualdade entre os cidadãos.<br />
30 - (FAE – SP - 1997) Sobre a grande Revolução de 1789, na França, podemos concluir que:<br />
a) foi uma revolução do 3° Estado Francês.<br />
b) foi uma revolução essencialmente burguesa.<br />
c) foi uma revolução do 1° Estado na França.<br />
d) foi uma revolução do 2° Estado na França.<br />
31 - (FAE – SP - 1998) - "Na madrugada de 14 de julho de 1789, uma terça-feira, milhares de populares (talvez cinqüenta mil) invadiram o Arsenal dos Inválidos procurando armas para enfrentar os soldados que, acreditavam, o rei Luís XVI estava mandando de Versalhes [...] A multidão se apoderou de quarenta mil fuzis e doze canhões. Mas e a pólvora para eles? Estava na formidável fortaleza da Bastilha, transformada em depósito e prisão. Para lá correram todos, em busca de munição"[superinteressante Especial, 1989]. A citação acima refere-se ao fato histórico conhecido como<br />
a) Revolução Francesa.<br />
b) Revolução Industrial.<br />
c) Revolução Farroupilha.<br />
d) Revolução dos Inválidos.<br />
32. (FGV) Um dos episódios históricos de maior relevância para a humanidade foi a Revolução Francesa. Sobre ela pode-se afirmar que:<br />
a) A denominada fase do Terror ocorreu sob a liderança de expressivos membros do Primeiro Estado, principalmente dos grupos extremistas girondinos.<br />
b) Marat, Danton e Montesquieu, liderando a ala dos jacobinos , organizaram o golpe de Estado de Napoleão Bonaparte.<br />
c) Foi amplamente influenciada pela idéias de Rousseau, que pressupõem que os seres humanos nascem livres e iguais, e que a comunidade pode destituir os governantes que se negam a executar a vontade geral.<br />
d) Adotou a forma tripartite de governo concebida como Reação Termidoriana.<br />
e) Teve no 18 Brumário um de seus eventos mais importantes, com a queda da 8astilha e o fim da era vitoriana.<br />
33. (UNICAMP) O período da Revolução Francesa pode ser considerado como encerrado em 1799 com.<br />
a) A Reação Termidoriana e a execução dos radicais como Marat.<br />
b) O 18 Brumário, golpe de Estado de Napoleão Bonaparte.<br />
c) A constituição do Ano III e o reconhecimento da vitória da burguesia.<br />
d) A estruturação da Junta de Salvação Pública e o fim do Regime de Terror.<br />
e) A eleição de uma Convenção Nacional e a divulgação da Declaração dos Direitos do Homem.<br />
34. (PUC-SP) A Declaração dos Direitos do Homem era, principalmente.<br />
a) Um documento político-burguês que garantia para o povo francês igualdade perante a lei.<br />
b) Um vasto programa de reformas políticas com bases totalmente democráticas.<br />
c) O primeiro documento que garantia os direitos sociais aos trabalhadores.<br />
d) O reflexo do pensamento absolutista e suas restrições à liberdade e direitos políticos no século XVIII.<br />
e) Uma reivindicação do povo, dirigida às autoridades.<br />
35. (UFMG) “A Assembléia Nacional, desejando estabelecer a Constituição francesa sobre a base dos princípios que ela acaba de reconhecer e declarar, abole irrevogavelmente as instituições que ferem a liberdade e a igualdade dos direitos. Não há mais nobreza, nem pariato, nem distinções hereditárias, nem distinções de ordens, nem regime feudal... Não existe mais, para qualquer parte da Nação, nem para qualquer indivíduo, privilégio algum, nem exceção ao direito comum de todos os franceses...”<br />
O texto anterior, preâmbulo da Constituição francesa de 1791, caracteriza com nitidez a obra da Revolução Francesa em sua primeira fase, sendo, a esse respeito, possível afirmar com EXCEÇÃO de.<br />
a) Nesta etapa, a Revolução Francesa caracteriza-se pela abolição de todas as sobrevivências feudais.<br />
b) Sob a liderança da burguesia, a Revolução afirma os princípios da igualdade e da liberdade de todos os cidadãos.<br />
c) A burguesia, embora abolindo as instituições feudais, buscou preservar tudo aquilo que se originasse do direito de propriedade.<br />
d) A forma política adotada em 1791 foi a da monarquia constitucional, mais ou menos inspirada no modelo inglês.<br />
e) A fim de garantir os direitos individuais, foram mantidas as corporações e guildas mercantis ou artesanais há muito existentes.<br />
36. (FUVEST) No processo da Revolução Francesa, o golpe do 18 Brumário que levou Napoleão Bonaparte ao poder, implicou:<br />
a) A Consolidação do Poder da burguesia.<br />
b) A Convocação da Assembléia Nacional Constituinte.<br />
c) A Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem.<br />
d) A Instituição do Período do Terror.<br />
e) A Composição política entre girondinos e jacobinos.<br />
37. (UNESP) A Revolução Francesa é um fenômeno histórico muito complexo. Os historiadores não foram capazes de uma apreciação serena dos bons e maus frutos dela oriundos, tal a violência das paixões políticas, econômicas, sociais e religiosas que desencadeou na Europa do Século XIX. Ela inicia o século dos movimentos revolucionários que atingem a quase totalidade dos países europeus e do Novo Mundo. Estas revoluções constituem o triunfo das democracias européias e americanas. Os significados político, social, econômico e cultural da Revolução Francesa são marcados pelas afirmativas a seguir, exceto:<br />
a) Foi no período denominado Diretório, que a burguesia financeira dominou o cenário político, afastando do poder os remanescentes do jacobinismo.<br />
b) A Revolução Francesa foi um movimento eminentemente cultural, assemelhando-se em muito ao Renascimento e ao iluminismo.<br />
c) O principal dos aspectos sociais foi o estabelecimento da igualdade, acabando com os privilégios no plano legal.<br />
d) O ano de 1789, início da Revolução, abriu caminho para o liberalismo.<br />
e) O período do consulado, dominado por Napoleão, consolidou as conquistas burguesas tanto no plano econômico como no político.<br />
38. (UNESP) A Revolução Francesa é um fenômeno histórico muito complexo. Os historiadores não foram capazes de uma apreciação serena dos bons e maus frutos oriundos, tal a violência das paixões políticas, econômicas, sociais e religiosas que desencadeou na Europa do século XIX. Ela inicia o século dos movimentos revolucionários que atingem a quase totalidade dos países europeus e do Novo Mundo. Estas revoluções constituem o triunfo das democracias européias e americanas. Os significados político, social, econômico e cultural da Revolução Francesa são marcados pelas afirmativas a seguir, exceto:<br />
a) Foi no período revolucionário denominado “Diretório” que foram executados o rei e a rainha, é instaurada em França uma ditadura policial que esteve a frente de toda a época conhecida por “Terror”.<br />
b) A Revolução Francesa foi, antes de mais nada, um movimento político.<br />
c) O principal dos aspectos sociais foi o estabelecimento legal da “igualdade”, acabando com os privilégios de classe, ou corporativos, fundamentados principalmente nas diferenças de nascimento.<br />
d) O ano de 1789, início da Revolução Francesa, abriu caminho ao liberalismo econômico.<br />
e) Foi durante a Convenção Nacional que se fez a grande obra cultural da Revolução continuada depois no Império.<br />
39. (UFPE) E o estudo que nos permite compreender o presente. Veja, por exemplo, a origem dos termos “ESQUERDA” e “DIREITA” - hoje tidos como superados. Nas reuniões da Assembléia Legislativa francesa, eleita em 1791, os deputados conservadores sentavam-se à direita; à esquerda, ficavam os favoráveis às transformações.<br />
Sabendo disso, escolha a alternativa correta.<br />
a) Os monarquistas sentavam-se à esquerda.<br />
b) Os republicanos sentavam-se à direita.<br />
c) Os girondinos sentavam-se à direita.<br />
d) Os jacobinos sentavam-se à esquerda.<br />
e) Os democratas sentavam-se à direita.<br />
40. (UFPE) A Revolução Francesa é um marco na história da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. Qual das alternativas apresenta as mais importantes?<br />
a) O assassinato do médico Marat, editor do jornal Amigo do Povo, por Charlotte Corday, provocou a radicalização entre os jacobinos.<br />
b) A participação das mulheres na queda da Bastilha e o surgimento do grupo radical dos Girondinos.<br />
c) O fim da servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do cidadão, e confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça.<br />
d) O fim da escravidão, a declaração dos direitos do homem, o código de Napoleão com reforma judiciária que confiscou as terras da aristocracia.<br />
e) A secularização do clero, a República Jacobina, o comitê de Salvação Pública que condenou à morte os próprios líderes da Revolução.<br />
41. (UERJ) A luta pela liberdade na Revolução Francesa de 1789 possibilitou a conquista de direitos essenciais que até hoje formam alguns dos pilares do mundo contemporâneo.<br />
Entre esses direitos assegurados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, podem-se destacar:<br />
a) liberdade, propriedade e resistência à opressão, como direitos naturais do homem.<br />
b) soberania, igualdade civil e autoridade, como direitos inerentes aos corpos privilegiados da sociedade.<br />
c) distinção de nascimento, privilégio fiscal e hereditariedade do poder, como direitos sagrados do cidadão.<br />
d) insurreição para o povo, direito à cidadania e igualdade social, como os mais elevados dos direitos do homem.<br />
42. (PUC-CAMP) A Constituição de 1791, na medida em que estabeleceu a liberdade de comércio, confirmou o direito à propriedade privada e adotou o voto censitário, apontou para o fato de que a Revolução Francesa representou:<br />
a) a vitória da burguesia no sentido de ocupar o poder e organizar o Estado de modo a favorecer seus interesses, afastando o povo das decisões políticas.<br />
b) a canalização de todo o potencial e energia revolucionária das massas na defesa de um Estado democrático, participativo e de direito.<br />
c) o estabelecimento dos princípios de igualdade civil e social consubstanciadas na função mediadora representada pelo Estado.<br />
d) a conciliação dos interesses das diferentes classes, ao estabelecer o direito à liberdade para todas as camadas sociais.<br />
e) o fracasso dos ideais filosóficos do liberalismo, ao valorizar o sistema da universalização do voto.<br />
43. (VUNESP) “Como terror entende-se (...) um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergência a que um Governo recorre para manter-se no poder.”<br />
(N. Bobbio, Dicionário de política.)<br />
O mencionado “instrumento de emergência” - o “terror” - foi aplicado em sua forma típica, na Revolução Francesa,<br />
a) durante a reação aristocrática de 1787-1788.<br />
b) por Napoleão Bonaparte, na fase do Diretório.<br />
c) no período da ditadura do Comitê de Salvação Pública.<br />
d) Pelos girondinos contra os bonapartistas<br />
e) Por Luís XVI contra os camponeses da Vandéia.<br />
GABARITO:<br />
1 – A / 2 – C / 3 – A / 4 – D / 5 – E / 6 – C / 7 – E / 8 – C / 9 – D / 10 – B / 11 – B / 12 – C / 13 – E / 14 – D / 15 – C / 16 – B / 17 – C / 18 – E / 19 – B / 20 – B / 21 – D / 22 – E / 23 – B / 24 – E / 25 – D / 25 – D / 26 – A / 27 – D / 28 – D / 29 – A / 30 – B / 31 – A / 32 – C / 33 – B / 34 – A / 35 – E / 36 – A / 37 – B / 38 –A / 39 – D / 40 – C / 41 – A / 42 – A / 43 – C</div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-88683056725947208622012-10-01T23:47:00.000-04:002012-10-01T23:47:07.921-04:00 República Velha(1889 a 1930):Esquema da Aula<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Esquema da Aula:</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">República Velha(<st1:metricconverter productid="1889 a" w:st="on">1889 a</st1:metricconverter> 1930)</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Início: golpe dos militares em 15/novembro/1889<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Pode ser dividida
em:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A) República da
Espada: dois primeiros presidentes eram militares (Deodoro e Floriano)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">B) República
Oligárquica: presidentes cafeicultores (revezamento de paulistas e mineiros)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">– Cidades:
modernização, luz elétrica, capital inglês, crescimento da burguesia, miséria,
criminalidade, crescimento do proletariado (imigrantes e brasileiros pobres)
vivendo <st1:personname productid="em cortios. Repress ̄o" w:st="on">em
cortiços. Repressão</st1:personname> à cultura negra.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">– Campo:
estático, pobreza, latifúndio, coronelismo, clientelismo, nepotismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">A) REPÚBLICA DA
ESPADA (militares) – <st1:metricconverter productid="1889 a" w:st="on">1889 a</st1:metricconverter>
1894</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">1. Governo
Deodoro: Constituição de 1891, Encilhamento (causou inflação e dívida externa).
Revolta da Armada, Revolta Federalista no RS. Renúncia de Deodoro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">2. Governo
Floriano Peixoto: Vice assumiu, colocou "ordem na casa" reprimindo as
revoltas e controlando a economia (tabelamento dos preços). Passou o poder aos
cafeicultores.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">B) REPÚBLICA
OLIGÁRQUICA (cafeicultores) - <st1:metricconverter productid="1894 a" w:st="on">1894
a</st1:metricconverter> 1930</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Início com
Prudente de Morais<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">Características:</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Política dos
governadores<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Política Café
com Leite;<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Política de
valorização do café (Convênio de Taubaté)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Lucros do café:
investimento na industrialização<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Venda do café:
aliança com EUA (auxílio médico na I Guerra Mundial)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Eleições
fraudadas, voto aberto e voto de cabresto<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Revoltas
populares (movimentos sociais) no campo e na cidade:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Capítulo 4 –
Tensões Sociais na República Velha</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">Movimentos
Sociais no Campo:</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">1. Cangaço<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">2. Padre Cícero<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">3. Canudos<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">4. Contestado<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">Movimentos
Sociais na Cidade:</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">5. Contra a
Reurbanização do Rio de Janeiro<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">6. Revolta da
Vacina<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">7. Revolta da
Chibata<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Capítulo 6 – Fim
da República Velha</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Reações contra
a República Velha:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">. Greve Geral de
1917</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">. Fundação do PCB
em 1922</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">. Modernismo
(Semana de Arte Moderna em 1922)</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">. Tenentismo –
coluna Prestes</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial Narrow";">. Organização do
Movimento Operário</span></i><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Crise do café
(superprodução)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Crise de 29
agrava a situação<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Crise política
e surgimento da Aliança Liberal <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Fim da República
Velha: não conseguia corresponder às mudanças, à insatisfação popular, e à
necessidade de controlar os trabalhadores. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Ruptura:
Revolução de 30 ("Façamos a Revolução antes que o povo a faça") e
início da <b>Era Vargas.</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">República Velha</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"> (1889 - 1930)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";"> A
primeira fase do período republicano é subdividida em dois período: República
da Espada e República da Oligarquias. Este período da História do Brasil é
marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e
cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e houve deu um
significativo desenvolvimento industrial. Na área social, várias revoltas e
problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">A República da
Espada ( <st1:metricconverter productid="1889 a" w:st="on">1889 a</st1:metricconverter>
1894 )</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação
da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos
iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se
Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o
vice-presidente: Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo,
intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia. República da
Espada, foi governada por dois militares, os marechais Deodoro da Fonseca e
Floriano Peixoto. Durante essa época de transição do regime monárquico para o
republicano, foram comuns os levantes populares e a repressão a focos de
resistência monárquica. O governo de Deodoro da Fonseca foi marcado por greves
e pela Primeira Revolta da Armada. Floriano Peixoto, ao assumir a presidência,
conquistou a confiança da população e consolidou a República.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">
Durante a República da Espada, as oligarquias agrárias formaram a base
governamental. O poder dos militares sucumbiu à força política dos barões do
café de São Paulo e aos pecuaristas de Minas Gerais. Com a instituição de
eleições diretas, os cafeicultores paulistas conseguiram eleger Prudente de
Morais. Seu governo iniciou a política do café com leite (divisão do poder
entre paulistas e mineiros), que norteou a segunda fase da República Velha,
conhecido como República Oligárquica (1894-1930).<b> </b><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">República das
Oligarquias</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O período que vai de <st1:metricconverter productid="1894 a" w:st="on">1894 a</st1:metricconverter> 1930 foi marcado pelo
governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam
dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido
Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições,
mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite
agrária do país.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Dominando o poder, estes presidentes definiram
políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os
fazendeiros de café do oeste paulista.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Política do
Café-com-Leite</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A maioria dos presidentes desta época eram
políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da
nação e, por isso, dominavam o cenário político da República. Saídos das elites
mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor
agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do
café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que
estava em expansão neste período.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Se por um lado a política do café-com-leite
privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região
Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país.
As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes
políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Entre 1889 e 1930, período da Primeira República o
país adotou uma constituição liberal que garantia a liberdade política,
econômica e religiosa do cidadão. O poder permaneceu com os grandes
proprietários com a adesão de antigos monarquistas ao sistema republicano de
governo. Apesar do liberalismo defendido pelas elites brasileiras, o Estado
intervinha protegendo o setor exportador, principalmente os cafeicultores,
quando o valor das exportações desvalorizava. Durante esse período a população
continuava sem amparo e seu direito à cidadania resume em comparecer as urnas e
votar nos candidatos indicados pelas famílias poderosas. Nesse período, a
indústria brasileira iniciou seus primeiros passos, sendo contudo considerada
por muitos desnecessária ao país e até perigosa, ao criar um operariado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">A Constituição de
1891 ( Primeira Constituição Republicana )</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Após o início da República havia a necessidade da
elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da
monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora
apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites
agrárias do pais. <b>A nova constituição implantou o voto universal para os
cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ).
A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A República Velha foi marcada também pelo
enfraquecimento do Poder Legislativo. Eleito pelo Congresso Nacional
(indiretamente), Deodoro passou a enfrentar a oposição do Congresso e da
população devido à crise econômica.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Entre agosto e novembro de 1891, o Congresso tentou
aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do presidente, mas
Deodoro contra-atacou e decretou a dissolução do Congresso em 3 de novembro de
1891. Na mesma data, lançou um "manifesto à Nação" para explicar os
motivos do seu ato. Tropas militares cercaram os prédios do Legislativo e
prenderam líderes oposicionistas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Deodoro decretou estado de sítio (suspensão dos
direitos civis) e oficializou a censura à imprensa. Ao assumir, em 23 de
novembro de 1891, Floriano Peixoto anulou o decreto de dissolução do Congresso
e suspendeu o estado de sítio. A Igreja foi desvinculada do Estado e
estabeleceram-se eleições diretas para os cargos públicos como presidente,
governadores, senadores, deputados estaduais e federais etc.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Política dos
Governadores</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";">.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Instituída no governo de Prudente de Morais, foi a
principal marca do período. Por meio desse arranjo político, o poder federal
passou a apoiar os candidatos dos governadores estaduais (elites regionais). Em
troca, os governadores davam apoio ao governo federal, a fim de garantir a
eleição de candidatos para o Senado e para a Câmara dos Deputados. Esta
política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de
favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os
candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam
suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Economia e
política</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">No campo da economia, foi um período de
modernização, com o surto de industrialização impulsionado pela Primeira Guerra
Mundial. Entretanto, o eixo da economia continuou a ser o café até a quebra da
Bolsa de Nova Iorque, em 1929.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Ocorreram movimentos como a Guerra dos Canudos, a
Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata, a Guerra do Contestado, a Revolta dos
18 do Forte de Copacabana, o Movimento Tenentista e finalmente a Revolução de
1930, que marcou o fim da República Velha. Aconteceram também as primeiras
greves e o crescimento de movimentos anarquistas e comunistas nos grandes
centros urbanos.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">O coronelismo</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A figura do "coronel" era muito comum
durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior
do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico
para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de
cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência
para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos
candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram
pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos
candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos"
para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, eleitores
fantasmas, trocam de favores, fraudes eleitorais e violência.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">O Convênio de Taubaté</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo
republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o
preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e
estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram
liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de
exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">A crise da
República Velha e o Golpe de 1930</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de
acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político
mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington
Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o
café-com-leite. Descontente, o PRM se junta com políticos da Paraíba e do Rio
Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal) para lançar a presidência o gaúcho
Getúlio Vargas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de
1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes
eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e
militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República
Velha e início da Era Vargas.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Galeria dos Presidente da República Velha</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"> :<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a
23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente
Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) ,
Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909),
Nilo Peçanha<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">(14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da
Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918),
Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa
(28/07/1919 a 15/11/1922),<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926),
Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Ciclo da borracha</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Outra característica da República Velha foi a
valorização da borracha, no final do século XIX, alimentada pelo aquecimento da
indústria automobilística dos Estados Unidos. O interesse norte-americano pela
borracha levou o Brasil a comprar o território que hoje corresponde ao estado
do Acre, então pertencente à Bolívia. A negociação foi conduzida pelo barão de
Rio Branco. O Brasil pagou um milhão de dólares à Bolívia e construiu a estrada
de ferro Madeira-Mamoré, que facilitaria o escoamento da borracha e de produtos
da Bolívia (país sem saída para o mar).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: -7.1pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O ciclo da
borracha trouxe progresso à região amazônica, especialmente a Belém e Manaus. A
borracha chegou a ocupar o segundo posto de nossas exportações, perdendo apenas
para o café. Com o aumento da importância da borracha no cenário internacional,
os ingleses apanharam sementes de seringueira no Brasil e fizeram plantações na
Malásia. Com o passar do tempo, a produção da Malásia superou a brasileira.<span style="color: #ff6600;">Fonte: www.camara.gov.br</span><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Guerra do Contestado<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Introdução</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><br />
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do
Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20
mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de
disputa territorial entre os estados doParana<a href="http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_parana.htm"></a> e Santa Catarina<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Causas da Guerra</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><br />
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída
por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários
rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada
de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato,
gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras
para trabalhar.<br />
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um
grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta
propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa
madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas
de suas terras.<br />
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos
trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas
partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram
na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do
governo.<br />
<b>Participação do monge José Maria</b><br />
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o
aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do
Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular,
ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo
novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade
justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de
seguidores, principalmente de camponeses sem terras.<br />
<b>Os conflitos</b><br />
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar
preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os
camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República,
que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso,
policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de
desarticular o movimento.<br />
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores.
Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e
enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos
armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As
baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.<br />
<b>O fim da Guerra </b><br />
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram
prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da
revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.<br />
<b>Conclusão</b><br />
A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos
tratavam as questões sociais no início da Republica. Os interesses
financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das
necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de
solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que
eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os
movimentos com repressão e força militar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Guerra de Canudos </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";"> </span><b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Situação do Nordeste no final do século XIX
(contexto histórico)</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Fome – desemprego e baixíssimo rendimento das
famílias deixavam muitos sem ter o que comer;<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Seca – a região do agreste ficava muitos meses e
até anos sem receber chuvas. Este fator dificultava a agricultura e matava o
gado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Falta de apoio político – os governantes e
políticos da região não davam a mínima atenção para as populações carentes;<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Violência – era comum a existência de grupos
armados que trabalhavam para latifundiários. Estes espalhavam a violência pela
região.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Desemprego – grande parte da população pobre
estava sem emprego em função da seca e da falta de oportunidades em outras
áreas da economia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Fanatismo religioso: era comum a existência de
beatos que arrebanhavam seguidores prometendo uma vida melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Dados da Guerra de Canudos:</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">- Período: de novembro de <st1:metricconverter productid="1896 a" w:st="on">1896 a</st1:metricconverter> outubro de 1897.<br />
- Local: interior do sertão da Bahia<br />
- Envolvidos: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços,
sertanejos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato
Antônio Conselheiro. Do outro lado as tropas do governo da Bahia com apoio de
militares enviados pelo governo federal.<br />
<b>Causas da Guerra:</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários,
não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e
viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio
Conselheiro defendia a volta da Monarquia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim
da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Ele afirma ser um
enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e
injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, como ele
funcionava no período.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Os conflitos militares</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Nas três primeiras tentativas das tropas
governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida. Os
sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares. Na
quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais.
Militares de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados
para o sertão baiano. Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma
brutal e até injusta. Crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade. Antônio
Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Significado do conflito</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A Guerra de canudos significou a luta e resistência
das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do século XIX.
Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social
que reinava na região.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><br />
O Cangaço</span></b></div>
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";"></span></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--></span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><!--[endif]--><o:p></o:p></span><b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Introdução </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Entre o final do século XIX e começo do XX (início
da republica, surgiu,
no nordeste brasileiro, grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros.
Estes grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições
sociais da região nordestina. O latifúndio, que concentrava terra e renda nas
mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da
população. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Entendendo o cangaço</span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Portanto, podemos entender o cangaço como um
fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas por parte dos
cangaceiros. Estes, que andavam em bandos armados, espalhavam o medo pelo
sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a
seqüestrar fazendeiros para obtenção de resgates. Aqueles que respeitavam e
acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, pelo contrário, eram muitas
vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem respeitados e
até mesmo admirados por parte da população da época.<br />
Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja,
viviam em movimento, indo de uma cidade para outra. Ao chegarem nas cidades
pediam recursos e ajuda aos moradores locais. Aos que se recusavam a ajudar o
bando, sobrava a violência.<br />
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos
constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para
protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga.
Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que possuíam
sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de soloe
vegetação) para fugirem ou obterem esconderijos.<br />
Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da
época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também
conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo
sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada
armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros,
em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais
públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na
região.<br />
Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já
enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez ,no final da
década de 1930.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";"> <o:p></o:p></span><b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Revolta da Vacina</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";"></span></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]--></span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"> <b>Introdução</b> <o:p></o:p><br />
</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O início do período republicado da História do
Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O Rio de Janeiro
não escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um movimento de caráter
popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta foi a
campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a
varíola. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Situação do Rio de Janeiro no início do século
XX </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A situação do Rio de Janeiro, no início do século
XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente
de saneamento basico Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela e
varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a
principal vítima deste contexto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Preocupado com esta situação, o então presidente
Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e
reurbanização do centro da cidade. O medico e
sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do
Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições
sanitárias da cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Campanha de Vacinação Obrigatória </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A campanha de vacinação obrigatória é colocada em
prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi
aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes
sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta
nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das
pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham
medo de seus efeitos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Revolta popular </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A revolta popular aumentava a cada dia,
impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de
vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade,
derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">As manifestações populares e conflitos espalham-se
pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios
públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o
presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas
ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos
dias a cidade voltava a calma e a ordem.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Revolta da Chibata<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1028"
type="#_x0000_t75" alt="líder da revolta da chibata" style='width:63pt;
height:84.75pt'>
<v:imagedata src="file:///C:\DOCUME~1\USUARIO\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image005.jpg"
o:href="http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/almirante_negro.jpg"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-family: "Arial Narrow";"> <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Narrow";">Introdução </span></b><span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">A Revolta da Chibata foi um importante movimento
social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou
no dia 22 de novembro de 1910. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Neste período, os marinheiros brasileiros eram
punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas
(chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os
marinheiros.<br />
<b>Causas da revolta </b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega
da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo
para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros,
desencadeou a revolta.<br />
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e
mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio
dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.<br />
<b>Reivindicações</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o
Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos,
melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso
não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a
cidade doRio de Janeiro<a href="http://www.suapesquisa.com/cidadesbrasileiras/cidade_rio_de_janeiro.htm"></a> (então capital do Brasil).<br />
<b>Segunda revolta </b><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial Narrow";">Diante da grave situação, o presidente Hermes da
Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros
terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de
alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os
marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi
fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em
celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as
condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros
revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar
trabalhos forçados na produção de borracha.<br />
O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco
no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com
outros marinheiros que participaram da revolta.<br />
<b>Conclusão</b>: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma
manifestação de insatisfação ocorrida no início da Republica Embora pretendessem
implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos
trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou
busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das
armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Arial Narrow";"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-82286820936641149732012-08-02T08:19:00.001-04:002012-08-02T08:19:30.279-04:00A vinda da Família Real para o Brasil Dom João - - Ir ou não ir eis a questão<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/HN65dlqTHxg?fs=1" width="459"></iframe>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-10344288648339920512012-05-15T23:49:00.000-04:002012-05-15T23:49:13.011-04:00New Deal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<img class="CSS_LIGHTBOX_SCALED_IMAGE_IMG" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx-9A69pwBjDrrNHoAhDly39olfPxLjzcr57iZskCtNPtLhU1A6LTLO6BGXLec-LYUOTgoPyB3XMjfZb9S-VaU5mv50k0rt03LAaAUwlaG_4JDxBsKLsdjwEqBfxejY0G8Mnw4Jy2LDhTA/s1600/3_++crise+de+29+-+new+deal+11.jpg" style="height: 521px; width: 665px;" /></div>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-45398644474203973212012-05-15T23:47:00.000-04:002012-05-15T23:47:06.063-04:00Crise de 1929<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<img class="CSS_LIGHTBOX_SCALED_IMAGE_IMG" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir3y7e7porzv4EB-FhWSBwnV49TzyXmwiT1jgPjSMmgpIt0u_4Sm-3vaFMqkgRCV7LYJBmRc7gNUo9v-cb10TQ9tSIjuybGUwCDtEH8VITAjXHtjMLaDoCdJfmaFQTucO7NsOfZcYdTW_o/s1600/3_++crise+de+1929.pg.jpg" style="height: 521px; width: 688px;" /></div>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-38088990887413662992012-05-15T23:45:00.001-04:002012-11-05T14:00:50.618-03:00Guerras: Período entre Guerras ( 1918 - 1939)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<img class="CSS_LIGHTBOX_SCALED_IMAGE_IMG" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKt0Ptoz8UMOTfN7yYhnReqC2nE1EG44hi4Fp0YPVGT_a4aoEGs71NnwShw6QYjLDXicDBm36ZX1dJ5K9TAKRwZEPfIyamJXlnr8qJMD2rr8gYOv__95AiOiOpMTkQ_SQZ8IZ5cZXfhgSb/s1600/3_++crise+de+29+-+em-sintese-1929.jpg" style="height: 512px; width: 994px;" /><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319735886956581602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCV9CkadNfKx4Ake5sJfsbBbxQ6t8e1MjSN2GGeWwj8iVPmBmTVxmD9xTPlrHUcTzolrTssROGTtcGUD2dLb3wqO2Kb7PEINnniG4I7LROT_zQ2oTzZl_1n5FrUL60is1dSCEwk4C7DdUK/s400/3_++crise+de+29+-+grande-depressao11.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; height: 318px; width: 400px;" /></div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-70349334439584205532012-04-21T15:49:00.000-04:002012-04-21T15:49:07.716-04:00Inconfidência Mineira: 21 de abril<b>Inconfidência Mineira – libertação do Brasil contra o reino de Portugal<i><a href="http://"></a></i></b>
Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes, nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei em Minas Gerais, no ano de 1746, tornou-se o mártir da Inconfidência Mineira.
Tiradentes ficou órfão de mãe aos nove anos de idade, perdeu o pai aos onze anos, e foi criado pelo padrinho na cidade de Vila Rica, hoje conhecida como Ouro Preto.
O apelido de Tiradentes veio da profissão de dentista que exercera com muita responsabilidade, mas o ofício que mais lhe promoveu foi o de soldado, integrante do movimento da Inconfidência Mineira - que o levou à morte em praça pública, por enforcamento e esquartejamento.
A Inconfidência Mineira foi um abalo causado pela busca da libertação do Brasil diante da monarquia portuguesa, ocorrendo por longos anos, no final do século XVIII.
Na cidade de Vila Rica e nas proximidades da mesma eram extraídos ouro e pedras preciosas. Os portugueses se apossavam dessas matérias-primas e as comercializavam pelos países europeus, fazendo fortuna à custa das riquezas de nosso país, ou seja, o Brasil era grandemente explorado por essa nação.
O reinado de Portugal no Brasil cobrava impostos caríssimos (o quinto) e a população decidiu se libertar das imposições advindas do governo português. A sociedade mineira contrabandeava ouro e diamante, além de atrasar o pagamento dos impostos.
Com o fortalecimento das ideias contra os portugueses, aconteceu a Inconfidência Mineira, tendo como principais objetivos: buscar a autonomia da província; conseguir um governo republicano com mandato de Tomás Antônio Gonzaga; tornar São João Del Rei a capital; conseguir a libertação dos escravos nascidos no Brasil; dar início à implantação da primeira universidade da região; dentre outros.
Durante o movimento, as notícias de que os inconfidentes tentariam derrubar o governo de Portugal chegaram aos ouvidos do imperador, que decretou a prisão deles. Tiradentes, para defender seus amigos, assumiu toda a responsabilidade pelo movimento e foi condenado à morte.
O governo fez questão de mostrar em praça pública o sofrimento de Tiradentes, a fim de inibir a população de fazer manifestos que apresentassem ideologias diferentes. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu o trajeto, chegando à cadeia pública da região, foi enforcado após a leitura de sua sentença condenatória.
Ainda hoje podemos ver o museu da Inconfidência Mineira, que está localizado na Praça Tiradentes, na cidade de Ouro Preto, local onde é preservada a memória desse acontecimento tão importante da história do Brasil, com o ciclo do ouro e as obras de arte de Aleijadinho.
Por Jussara de BarrosRosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-13447608209456242122012-04-09T21:44:00.000-04:002012-11-05T14:01:31.035-03:00 Índio: Por que 19 de Abril?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
História do Dia do Índio, comemoração, 19 de abril, criação da data, cultura indígena<br />
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Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. <br />
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<b>Mas porque foi escolhido o 19 de abril?</b><br />
Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.<br />
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No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.<br />
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Comemorações e Importância da data<br />
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Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.<br />
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Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.<br />
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QUER SABER MAIS SOBRE OS ÍNDIOS?...<br />
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Introdução<br />
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia ).<br />
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Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.<br />
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A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses.<br />
O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral ) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.<br />
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Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).<br />
Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.<br />
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As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.<br />
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Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas ). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.<br />
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A organização social dos índios<br />
Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.<br />
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Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.<br />
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A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.<br />
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Os contatos entre indígenas e portugueses<br />
Como dissemos, os primeiros contatos foram de estranheza e de certa admiração e respeito. Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.<br />
O canto que se segue foi muito prejudicial aos povos indígenas. Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequenos número de índios que temos hoje.<br />
A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.<br />
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Tupinambás praticando rituais de canibalismo.<br />
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Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos.<br />
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Religião Indígena<br />
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.<br />
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Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada<br />
Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700).<br />
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Fonte: http://sardinhainnaldo.spaceblog.com.br ... -DO-INDIO/</div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-82003444227847758612012-04-05T09:12:00.000-04:002012-04-05T09:12:08.234-04:00Revoluções BurguesasPor: Professor Jailson Marinho<br />
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<b>Entende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político.</b><br />
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Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se demonstrará como uma classe social revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para atender seus interesses.<br />
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As chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções Inglesas do século XVII ( Puritana e Gloriosa ), a Independência dos EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Nesta aula iremos tratar das Revoluções Inglesas e da Revolução Francesa<br />
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<b>As Revoluções Inglesas</b><br />
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No decorrer dos séculos XVI e XVII, a burguesia desenvolveu-se, graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do mercantilismo - que auxiliaram no processo de acumulação de capitais.<br />
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No entanto, a partir de um certo desenvolvimento das chamadas forças produtivas, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno desenvolvimento do capitalismo. A burguesia passa a defender a liberdade comercial e a criticar o Absolutismo.<br />
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O absolutismo inglês desenvolveu-se sob duas dinastias, a dinastia Tudor e a dinastia Stuart. Durante a dinastia Tudor houve um grande desenvolvimento econômico inglês- principalmente no reinado da rainha Elizabeth I: consolidação do anglicanismo; adoção das práticas mercantilistas; início da colonização da América do Norte e o processo da política dos cercamentos, para ampliar as áreas de pastagens e a produção de lã. Assim, a burguesia inglesa vinha enriquecendo rapidamente, ampliando cada vez mais seus negócios e dominado a economia inglesa.<br />
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Além deste intenso desenvolvimento econômico a Inglaterra dos séculos XVI e XVII apresentava uma outra característica: os intensos conflitos religiosos.<br />
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A religião oficial, adotada pelo Estado era o anglicanismo, existiam outras correntes religiosas: os protestantes ( calvinistas, luteranos e presbiterianos ), chamados de modo geral, de puritanos. Havia ainda católicos no país. A monarquia inglesa - anglicana - perseguia católicos e puritanos, gerando os conflitos religiosos.<br />
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<b>GRUPOS RELIGIOSOS E POSIÇÕES POLÍTICAS</b><br />
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Os católicos a partir da Reforma Anglicana passam a deixar de ter importância na economia inglesa;<br />
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Os calvinistas -grupo mais numeroso -eram compostos por pequenos proprietários e pelas camadas populares. O espírito calvinista, da poupança e do trabalho refletia os interesses da burguesia inglesa.<br />
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<b>OS CONFLITOS ENTRE MONARQUIA E PARLAMENTO</b><br />
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No século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas.<br />
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<b>A DINASTIA STUART</b><br />
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Jaime I ( 1603/1625) -uniu a Inglaterra à Escócia, sua terra natal, desencadeando a insatisfação da burguesia e do Parlamento, que o consideravam estrangeiro. Realizou uma intensa perseguição a católicos e puritanos calvinistas. Foi em virtude desta perseguição que muitos puritanos dirigiram-se ao Novo Mundo, dando início à colonização da América inglesa -fundação da Nova Inglaterra, uma colônia de povoamento.<br />
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Carlos I ( 1625/1648) - sucessor de Jaime I e procurou reforçar o absolutismo, estabelecendo novos impostos sem a aprovação do Parlamento. Em 1628 o Parlamento impôs ao rei a "Petição dos Direitos",que limitava os poderes monárquicos: problemas relativos a impostos, prisões e convocações do Exército seriam atos ilegais, sem a aprovação do Parlamento. No ano de 1629, Carlos I dissolveu o Parlamento e governou sem ele por onze anos.<br />
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Em 1640, Carlos I teve que convocar novamente o Parlamento necessidade de novos impostos, negados pelo Parlamento. Diante da negação, Carlos I procura novamente dissolver o Parlamento, desencadeando uma violenta guerra civil na Inglaterra.<br />
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<b>Revolução Puritana</b><br />
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A guerra civil mostrou dois lados da sociedade inglesa, de um lado estava o partido dos Cavaleiros, que apoiavam o rei: a nobreza proprietária de terras, os católicos e os anglicanos; de outro estava os Cabeças Redondas ( pois não usavam cabeleiras compridas como os nobres) partidários do Parlamento.<br />
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As forças do Parlamento, organizadas em um exército de rebeldes, eram lideradas por Oliver Cromwell. Após uma intensa guerra civil ( 1641/1649), os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros- aprisionando e decapitando o rei, Carlos I, em 1649. Após a morte de Carlos I foi estabelecida uma república na Inglaterra, período denominado "Commonwealth".<br />
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A revolução puritana marca, pela primeira vez, a execução de um monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio político da origem divina do poder do rei- influenciando os filósofos do século XVIII ( Iluminismo).<br />
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<b>REPÚBLICA PURITANA ( 1649/1658)</b><br />
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Período marcado por intolerância e rigidez de Oliver Cromwell. Este dissolveu o Parlamento em 1653 e iniciou uma ditadura pessoal, assumindo o título de Lorde Protetor da República.<br />
Em 1651 foi decretado os Atos de Navegações, que protegiam os mercadores ingleses e provocaram o enfraquecimento comercial da Holanda. Com este ato a Inglaterra passa a ter o domínio do comércio marítimo.<br />
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Oliver Cromwell, sob o pretexto de punir um massacre que católicos irlandeses tinham realizado contra os protestantes, invadiu a Irlanda, promovendo a morte de milhares de irlandeses, originando um profundo conflito entre Irlanda e Inglaterra, que perdura ainda hoje.<br />
Após a morte do Lorde Protetor (1658), inicia-se um período de instabilidade política até o ano de 1660, quando o Parlamento resolveu restaurar a monarquia.<br />
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<b>A Restauração e a Revolução Gloriosa.</b><br />
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Carlos II ( 1660/1685) -filho de Carlos I, que no ano de 1683 dissolveu o Parlamento. Em seu reinado, o Parlamento dividiu-se em dois partidos: Whig, composto pela burguesia liberal e adeptos de um governo controlado pelo Parlamento e Tory, formado pelos conservadores e adeptos do absolutismo.<br />
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Jaime II ( 1685/1688) - Era católico e com a morte de Carlos II assumiu o poder e procurou restaurar o absolutismo monárquico, tendo oposição dos Whigs. No ano de 1688, há o nascimento de um herdeiro filho de um segundo casamento com uma católica. Temendo a sucessão de um governante católico, Whigs ( puritanos ) e Torys ( anglicanos), aliaram-se contra Jaime II, oferecendo o trono a Guilherme de Orange, protestante e casado com Maria Stuart - filha do primeiro casamento de Jaime com uma protestante.<br />
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Guilherme só foi proclamado rei quando aceitou a Declaração dos Direitos ( Bill of Rights ),que limitava os poderes do rei e estabelecia a superioridade do Parlamento. Determinou-se também a criação de um exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e liberdade individual e proteção à propriedade privada.<br />
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A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana, garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar.<br />
A Revolução Francesa<br />
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As transformações econômicas, políticas e sociais dos séculos XVII e princípios do século XVIII se manifestaram no plano filosófico, num movimento de crítica ao Antigo Regime ( o Estado Absolutista e o Mercantilismo ). Este movimento é denominado Iluminismo.<br />
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O ILUMINISMO</b><br />
Entre os precursores do Iluminismo temos René Descartes que mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por leis.<br />
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<b>Filósofos do Iluminismo</b><br />
John Locke (1632/1704)- sua principal obra é Segundo tratado do governo civil. Locke é um defensor da tolerância religiosa e da liberdade política. Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico.<br />
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O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787.<br />
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Montesquieu (1689/1755)- autor de O espírito das leis, onde o pensador preconiza a separação dos poderes ( legislativo, executivo e judiciário), foi um crítico do absolutismo monárquico.<br />
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Voltaire (1694/1778) - severo crítico da igreja, seu pensamento é caracterizado pelo anticlericalismo. Defensor dos direitos individuais. Defendia uma monarquia esclarecida, onde o governo seria baseado nas idéias dos filosofos. Escreveu Cartas inglesas.<br />
Jean-Jacques Rousseau (1712/1778) - era crítico da propriedade privada e da burguesia. Para<br />
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Rousseau, o poder político repousava sobre o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto.<br />
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Seu pensamento teve muita repercursão entre as camadas populares e a pequena burguesia. Serviu de bandeira para a Revolução Francesa. Sua principal obra é O Contrato social.<br />
Jean d'Alembert (1717/1783) e Denis Diderot (1713/1784) - foram os organizadores da Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista, publicada entre 1751 e 1752. Nesta imensa obra há uma valorização da razão e da verdade atividade científica. Reafirmava a concepção de governo como sendo fruto de um contrato entre governantes e governados.<br />
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<b>PENSAMENTO ECONÔMICO DO ILUMINISMO</b><br />
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O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia.<br />
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Os fisiocratas- criticavam as práticas mercantilistas e propunham<br />
o fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Segundo os fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis. Afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. O lema dos fisiocratas era "Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo").<br />
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Os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e Gournay.<br />
Os liberais-assim como os fisiocratas criticavam as práticas mercantilistas, porém, ao contrário deles, os liberais consideravam o trabalho como a principal fonte de riquezas.<br />
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Defendiam a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. O principal teórico desta ecola foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A riqueza das nações. As idéias liberais são conhecidas como liberalismo econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal.<br />
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<b>CONSEQÜÊNCIAS DO ILUMINISMO</b><br />
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O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a Natureza. Assim, a desigualdade entre os homens é fruto da sociedade. Para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os homens e a liberdade de expressão.<br />
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As idéias iluministas teve intensa repercussão em toda a Europainfluenciou sobremaneira na Revolução Francesa. Na América, o Iluminismo inspirou a independência dos EUA e contribuíram para que os Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas.<br />
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Essa política de reforma foi denominada despotismo esclarecido, caracterizada por projetos de modernizações e pela racionalização da administração. Os principais déspotas esclarecidos foram José II , da Áustria; Catarina II, da Rússia; Frederico II, da Prússia e o marquês de Pombal, ministro de José I, rei de Portugal.<br />
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<b>A Revolução Francesa</b><br />
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A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII, o absolutismo constituía um enorme obstáculo para o pleno desenvolvimento da burguesia francesa. A Revolução Francesa foi um reflexo da luta da burguesia pelo poder político.<br />
No entanto, o processo da Revolução Francesa não é um movimento isolado. Ele está inserido num conjunto de revoluções que questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda a Europa e a América.<br />
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Sendo assim, a Revolução carrega o termo "Francesa" pois eclodiu na França- por uma série de fatores -no entanto as suas propostas eram universais.<br />
"Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de toda a humanidade" ( Karl Marx e Friedrich Engels ).<br />
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<b>AS CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA</b><br />
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A difusão das idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade , que orientaram os revolucionários franceses na luta contra o absolutismo e a desigualdade social.<br />
Políticas-o despotismo dos Bourbons. Enquanto a maioria das nações européias, sob a influência do Iluminismo, procuravam se modernizar, o estado francês continuava arraigado no absolutismo monárquico. Na França do século XVIII, o poder do rei ainda era considerado como de origem divina.<br />
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Econômicas-a França encontrava-se em uma grave crise econômica, em virtude das péssimas colheitas e na falta de alimentos. Os aumentos de preços provocam a fome e acentuam a miséria dos camponeses. Além da crise econômica, o Estado Francês passava por uma gravíssima crise financeira, graças ao envolvimento da França na guerra dos Sete Anos ( 1756/1763) e na guerra de independência dos Estados Unidos- que acarretaram enormes gastos, ampliando a dívida do Estado. Para solucionar este quadro o Estado precisava aumentar sua arrecadação, o que implicava em um aumento dos impostos.<br />
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Sociais - a questão tributária na França vai gerar uma grave crise política, em virtude da organização da sociedade francesa nesta época.<br />
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A sociedade francesa era estamental, apresentando três ordens. O clero que estava isento de qualquer tributação; a nobreza, além da isenção tributária era possuidora de privilégios judiciários. A terceira ordem era bastante heterogênea: era composta pela alta burguesia (banqueiros, industriais e comerciantes), média burguesia (funcionários públicos e profissionais liberais ) e baixa burguesia ( os pequenos comerciantes); também as chamadas camadas populares ( artesãos, operários, camponeses e servos).<br />
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Os homens das camadas urbanas das cidades eram apelidados de sans-culottes ( usavam calças compridas em vez dos calções aristocráticos).<br />
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O terceiro Estado era a ordem que sustentava os gastos e os luxos do Estado francês.<br />
Para ampliar a arrecadação tributária, o Estado convoca a Assembléia dos Notáveis, composta pelo clero e pela nobreza, convocando estas ordens a pagarem impostos. Diante da recusa destes, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, assembléia que reunia representantes dos três Estados.<br />
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No entanto, o sistema de votação dos Estados Gerais era em ordens separadas. Assim, ficava garantida a supremacia do clero e da nobreza ( somavam dois votos ) contra um voto do Terceiro Estado.<br />
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Contra este método tradicional de votação, os representantes do Terceiro Estado passam a exigir o voto individual ( o Primeiro Estado tinha 291 deputados, o Segundo 270 e o Terceiro 578). O Terceiro Estado esperava o apoio dos deputados do baixo clero e da nobreza togada, para conquistar a maioria.<br />
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Diante do impasse político, o Terceiro Estado rebela-se e a 9 de julho de 1789 , com a ajuda de deputados do baixo clero, declara-se em Assembléia Nacional Constituinte - começa a Revolução Francesa.<br />
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<b>AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO Assembléia Nacional ( 1789/1792)</b><br />
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Fase em que ocorreu a tomada da Bastilha ( 14/07/1789), um prisão que representava o absolutismo francês. É o marco da revolução.<br />
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Os camponeses, por seu lado, rebelaram-se contra os senhores: invasão das propriedades, queima de documentos de servidão, assassinatos. Tal reação é conhecida como o Grande Medo. Os camponeses reivindicavam o fim dos privilégios feudais e terras.<br />
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Em agosto de 1791 foi aprovada uma lei que abolia os privilégios feudais. No mesmo mês, no dia 26, a Assembléia aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão -um síntese da concepção burguesa da sociedade: liberdade, igualdade, inviolabilidade da propriedade privada, bem como o direito a resistir à opressão.<br />
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Em setembro de 1791, foi promulgada uma nova Constituição, que diminuía os poderes reais, e transferia o poder de decretar leis ao Parlamento. O direito ao voto foi restringido também, em virtude de seu caráter censitário.<br />
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Pela Constituição os privilégios feudais foram extintos, garantindose a igualdade civil, os bens da igreja foram nacionalizados; o clero transformado numa instituição civil e sustentado pelo Estado.<br />
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Nesta fase desenvolveu-se os seguintes grupos políticos:<br />
-os girondinos: representantes da alta burguesia;<br />
-os jacobinos: representantes da pequena burguesia e com influência nas camadas populares (sans-culottes)<br />
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O processo revolucionário francês não foi bem visto pelos regimes absolutistas da Europa. A reação foi imediata: intervenção militar na França para sufocar a revolução. O exército francês era sistematicamente derrotado. Em 25 de julho de 1792, Robespierre acusou o rei de traição. Em 09 de agosto o rei, Luís XVI, foi preso. A Assembléia convocou novas eleições para uma nova Convenção Nacional.<br />
<b><br />
Convenção Nacional ( 1792/1795) Período do Terror.</b><br />
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O rei foi condenado à morte por traição, criação do Tribunal de Salvação Pública- para julgamento dos inimigos; foi decretado o fim da monarquia e proclamada a República.<br />
Uma nova Constituição foi elaborada, sendo considerada a mais democrática de toda a Europa, instituindo o voto universal, tornou a educação livre e obrigatória.<br />
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Neste período, onde a liderança era exercida por Robespierre, foi imposto o Édito Máximo, ou seja, o tabelamento dos preços máximos procurando beneficiar as camadas populares. Foi abolida a escravidão nas colônias, gerando a independência do Haiti.<br />
<br />
Representando a pequena burguesia, Robespierre incentivou a pequena propriedade no campo e diminuiu a influência da Igreja na sociedade francesa.<br />
Porém, o radicalismo de Robespierre contribuiu para o isolamento de seu governo -a perseguição aos líderes populares e a intervenção nas atividades econômicas, contribuíram para o sucesso da reação conservadora.<br />
<br />
No dia 9 Termidor ( a Convenção realizou uma reforma no calendário ), os jacobinos foram considerados fora da lei, sendo seus líderes presos e guilhotinados ( Robespierre e Saint-Just ). Acabava-se assim a fase do Terror e iniciava-se uma nova, e ultima fase: O Diretório.<br />
Diretório ( 1795/1799)<br />
<br />
Com o golpe de 9 Termidor ( a Reação Termidoriana), os girondinos ocupam o poder. Uma nova Constituição é organizada e o Poder Executivo passa a ser exercido por um Diretório, formado por cinco membros eleitos por um período de cinco anos.<br />
<br />
Período de caráter anti-revolucionário, onde a escravidão nas colônias foi restaurada, o Édito do Máximo foi suprimido e os jacobinos perseguidos ( o Terror Branco ).<br />
O Diretório enfrentava forte oposição de monarquistas e de republicanos radicais. Em maio de 1796, um jacobino de nome Graco Babeuf liderou uma revolta, a Conjura dos Iguais, reprimida por Napoleão Bonaparte.<br />
<br />
A França continuava em guerra, contra a Áustria, Prússia, Inglaterra, Espanha e Holanda. Foi neste cenário que se destacou o general Napoleão Bonaparte. Este comandou uma ofensiva contra a Itália dominando a região do Piemonte.<br />
<br />
Em 1797 a Áustria foi derrotada. Napoleão conquistou o Egito possessão inglesa - e planejava conquistar a Índia ( para enfraquecer a Inglaterra ).<br />
<br />
As guerras aumentavam a inflação, gerando revoltas populares. Aproveitando seu enorme prestígio popular, Napoleão Bonaparte, após o boato de um golpe de Estado planejado pelo jacobinos, depõe o Diretório ocupa o poder- episódio conhecido como18 Brumário. É o fim do período revolucionário e o início da consolidação das conquistas burguesas.Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-89727649663206079062012-04-05T09:03:00.002-04:002012-04-05T09:03:50.293-04:00Bolcheviques e Mencheviques - Revolução Russa.<i>O termo bolchevismo</i> é de origem russa e significa, literalmente, <i>maioria</i> (em russo, bolscinstvó). Serviu para designar a corrente política e a linha organizacional idealizada e imposta pelo líder revolucionário Vladimir Lênin ao Partido Operário Social-Democrático da Rússia (POSDR).<br />
<br />
Fundado em 1898, o POSDR foi um partido revolucionário de orientação marxista, que conseguiu integrar aos seus quadros vários líderes operários pertencentes a associações e clubes de trabalhadores urbanos. A criação do POSDR está associada à significativa expansão da industrialização e das ondas de agitações operárias que atingiram a Rússia czarista no final do século 19.<br />
<br />
Líderes do POSDR esforçaram-se para convencer as demais correntes políticas revolucionárias atuantes na Rússia (social-democratas, populistas e marxistas, entre outras) de que o capitalismo industrial tinha atingido a fase que predispunha a classe operária a desempenhar o papel que lhe fora atribuído pela teoria marxista, de agentes revolucionários, cujo objetivo era a construção de uma nova ordem social: o socialismo.<br />
Bolcheviques, mencheviques e o Congresso de 1903<br />
<br />
No Congresso de 1903, realizado em Londres, as divergências entre as principais lideranças do POSDR aprofundaram-se, gerando uma cisão entre os social-democratas. Inicialmente, houve consenso entre os delegados presentes em torno do programa político geral e as finalidades do partido, que previa a revolução e a conquista do poder pelo proletariado.<br />
<br />
No que se refere à organização e estrutura partidária, porém, surgiram divergências inconciliáveis entre dois líderes influentes: Lênin e Martov. Lênin defendeu uma fórmula bastante rígida de partido revolucionário, que em sua concepção deveria ser formado unicamente por militantes profissionais, ou seja, por membros que deveriam se dedicar exclusivamente ao trabalho partidário (em tempo integral).<br />
<br />
Para Lênin, portanto, o partido deveria ser uma organização homogênea, altamente disciplinada e centralizada, que serviria como vanguarda (ou grupo dirigente) do movimento revolucionário. Por outro lado, Martov se opôs à fórmula leninista e defendeu que o partido revolucionário deveria estar aberto à integração de membros, que poderiam ser simpatizantes, colaboradores ou militantes. A proposta de Martov saiu-se vencedora, com 28 votos, contra 22 e uma abstenção.<br />
<br />
Depois dessa votação ocorreu outra, que serviu para a formação do comitê de redação da publicação partidária "Iskra" e também para o comitê central do partido. Os Lêninistas venceram essa segunda votação formalizando a divisão das duas correntes social-democratas: os bolcheviques (maioria) e os mencheviques (minoria).<br />
<br />
Os bolcheviques adotaram o modelo de organização partidária preconizada por Lênin. Do período que vai do Congresso de 1903 até a Revolução de Outubro de 1917, o Partido Bolchevique foi formado majoritariamente por intelectuais e pequeno-burgueses e atuou na clandestinidade.<br />
Surgimento dos sovietes<br />
<br />
Em 1905, a Rússia czarista foi abalada por várias insurreições de trabalhadores urbanos. O Estado czarista, porém, conseguiu resistir, mas o episódio entrou para a história como a revolução de 1905. A revolução abortada de 1905 rompeu no cenário político da Rússia a partir de um novo tipo de organização: os sovietes.<br />
<br />
Os sovietes, também denominados "conselhos de trabalhadores", eram organizações formadas por delegados ou representantes de operários ou camponeses. Surgiram por iniciativa e criatividade dos próprios trabalhadores urbanos e rurais, que se organizaram autonomamente no núcleo fabril ou no âmbito da aldeia.<br />
<br />
Bolcheviques e mencheviques não tiveram participação ativa na revolta de 1905, pois ela brotou da ação espontânea das massas populares. Na verdade, as duas correntes políticas se surpreenderam com a capacidade organizacional e a iniciativa dos trabalhadores.<br />
<br />
O surgimento dos sovietes recolocou em discussão as teses dos bolcheviques (que não acreditavam na força e na capacidade de organização autônoma dos trabalhadores sem o auxílio de uma organização partidária de vanguarda) e dos mencheviques (que não acreditavam na possibilidade de luta política revolucionária devido ao atraso econômico da Rússia).<br />
Programa de ação revolucionário<br />
<br />
Em 1906, as duas correntes tentaram a reunificação, convocando um novo Congresso. No entanto, ambas as correntes suspenderam o processo de reunificação devido ao surgimento de novas divergências diante da abertura política efetivada pelo Estado czarista, com a legalização dos sindicatos trabalhistas.<br />
<br />
Os mencheviques defendiam a atuação dentro da legalidade, participando das eleições para as instituições representativas. Os bolcheviques mantiveram a atuação clandestina e o programa de ação revolucionário.<br />
<br />
Após a revolução abortada de 1905, o Estado czarista tentou em vão aplicar as reformas institucionais que possibilitariam a criação de novas instituições parlamentares. Essas instituições serviriam para a integração das classes populares e da pequena burguesia no sistema político russo.<br />
Bolcheviques e o fim do aparelho czarista<br />
<br />
O fracasso das reformas institucionais se deveu preponderantemente à resistência oferecida pela aristocracia czarista que dominava o Estado imperial russo. Nessa conjuntura, inúmeras revoltas e rebeliões sociais eclodiram pelo país, enquanto as lutas dos trabalhadores operários e camponeses se radicalizaram.<br />
<br />
A Rússia pré-revolucionária presenciou uma sucessão de governos provisórios que agrupavam diversas e divergentes correntes políticas, como os liberais, os socialistas revolucionários e os mencheviques. A situação agravou-se ainda mais com o ingresso da Rússia na Primeira Guerra Mundial.<br />
<br />
Os bolcheviques se apoiaram nos sovietes e puderam canalizar e dirigir a revolta das massas populares e o crescente descontentamento dos militares. Os bolcheviques saíram-se vitoriosos devido à dissolução do aparelho estatal czarista e a fraqueza das outras forças sociais e políticas que defendiam propostas reformistas.<br />
<br />
Renato Cancian<br />
é cientista social, mestre em sociologia-política e doutorando em ciências sociais. É autor do livro "Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Gênese e Atuação Política - 1972-1985".Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-24698006539673701202012-04-05T07:41:00.000-04:002012-04-05T07:41:01.444-04:00Revolução Russa - ResumoA RÚSSIA ANTES DE 1917<br />
<br />
Em 1894, subiu ao trono russo o czar Nicolau II. Desde o século XVI, o país era uma monarquia absolutista. A nobreza era proprietária de 25% das terras cultiváveis do país, e a grande maioria da população - mais de 80% - estava ligada direta ou indiretamente à terra.<br />
As condições de vida da maior parte dos camponeses:<br />
*Em geral, eles habitavam moradia precária e sem ventilação. <br />
*Alimentavam-se basicamente de pão preto, batata e torta de farinha de milho. <br />
*Nas aldeias raramente havia escolas, e a maior parte da população era analfabeta.<br />
*No plantio e na colheita eram usados instrumentos agrícolas antigos, como o arado de madeira e a foice. <br />
*Apenas em algumas grandes propriedades adotava-se uma tecnologia moderna, que permitia o aumento da população.<br />
Nas cidades, a vida não era muito diferente da do campo. Em 1838, uma investigação feita pelo Conselho Municipal de Moscou, abrangendo milhares de casas dessa cidade, mostrou que grande parte da população vivia em péssimas habitações:<br />
<br />
"... As escadas que conduzem aos sótãos, onde o povo reside, estão cobertas de toda espécie de imundície. As próprias habitações estão quase cheias de tábuas sujas sobre as quais se estendem colchões de palhas pestilentos, tendo os cantos tomados pela porcaria. O cheiro é desagradável e asfixiante".<br />
Com uma economia essencialmente agrária, a Rússia tinha poucas indústrias; a maior parte dela pertencia a proprietários estrangeiros, principalmente franceses, ingleses, alemães e belgas. No começo do século XX, um russo descrevia assim as condições de vida dos operários:<br />
<br />
"Não nos é possível ser instruídos porque não há escolas, e desde a infância devemos trabalhar além de nossas forças por um salário ínfimo. Quando desde os 9 anos somos obrigados a ir para a fábrica, o que nos espera? Nós nos vendemos ao capitalista por um pedaço de pão preto; guardas nos agridem a socos e cacetadas para nos habituar à dureza do trabalho; nós nos alimentamos mal, nos sufocamos com a poeira e o ar viciado, até dormimos no chão, atormentados pelos vermes..."<br />
<br />
<br />
UM CLIMA EXPLOSIVO<br />
<br />
Os problemas internos da Rússia se agravaram ainda mais após a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A origem do conflito foi a disputa entre os dois países por territórios na China e por áreas de influência no continente. A derrota ante os japoneses mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o czar Nicolau II. Começaram a ocorrer greves e movimentos reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.<br />
Num domingo de janeiro de 1905, trabalhadores de São Petersburgo, então capital do Império Russo, organizaram uma manifestação para entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e melhores salários. Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas, entre elas crianças e mulheres, dirigiu-se ao Palácio de Inverno, residência do czar. As tropas do governo, que estavam de prontidão, receberam os manifestantes com tiros de fuzil.<br />
O incidente, que ficou conhecido como Domingo sangrento, provocou conflitos em toda a Rússia.<br />
Tentando diminuir as tensões sociais, o czar criou a Duma, espécie de Parlamento. Contudo, os deputados eleitos das quatro primeiras dumas foram de tal maneira pressionados pelo czar que pouco puderam fazer.<br />
Esse ambiente contribuiu para a difusão e a aceitação das ideias socialistas - sobretudo as elaboradas pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels - entre os movimentos sociais russos. Assim, essas ideias se tornariam a base da Revolução Russa.<br />
Em 1905, surgiram os sovietes de trabalhadores, conselhos que se encarregavam de coordenar o movimento operário nas fábricas. Os sovietes teriam papel decisivo na revolução de 1917.<br />
<br />
<br />
O INÍCIO DA REVOLUÇÃO<br />
<br />
Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império Russo e diminuir a insatisfação popular.<br />
No entanto, o fato acentuou o descontentamento e precipitou o processo revolucionário. A guerra agravou a situação econômica e social do país. Os soldados, mal-armados e mal alimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu 4 milhões de pessoas.<br />
<br />
Em 1915, o czar Nicolau II decidiu assumir pessoalmente o comando do Exército, deixando o governo nas mãos de sua esposa, a Imperatriz Alexandra, e de Rasputin, um monge que agia como conselheiro do czar.<br />
Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves. Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do Império pedindo pão e o fim da guerra. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico.<br />
A polícia e o exército, agora ao lado dos manifestantes, não reprimiram o movimento. Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído, chefiado pelo príncipe George Lvov. Esse governo, dominado pela burguesia russa, decidiu continuar na guerra, com planos de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.<br />
A população russa, porém, discordava dessa orientação. O governo, sem controle de seus exércitos, não tinha forças para impedir as deserções dos soldados. Havia ainda a constante elevação dos preços dos gêneros alimentícios, contra a qual o governo nada conseguia fazer.<br />
Nesse momento, grupos revolucionários já desenvolviam intensa atividade nas cidades, reativando os sovietes de trabalhadores, com o objetivo explícito de tomar o poder.<br />
A ofensiva do novo governou contra a Áustria-Hungria fracassou. Isso agravou ainda mais a situação e provocou uma grande manifestação no dia 17 de julho de 1917, na capital do Império. Era o fim do governo provisório de Lvov, substituído por Alexander Kerenski.<br />
Naquele momento, três grupos e três diferentes propostas políticas se defrontavam pelo poder:<br />
<br />
* O Partido Democrático Constitucional, partido da burguesia e da nobreza liberal, favorável à continuação da guerra e ao adiamento de quaisquer modificações sociais e econômicas.<br />
<br />
* Os bolcheviques - maioria, em russo -, que defendiam o confisco das grandes propriedades, o controle das indústrias pelos operários e a saída da Rússia da guerra. Graças ao controle cada vez maior que exerciam sobre os sovietes de operários e soldados, sua força crescia continuamente. Seus dois principais líderes eram Vladimir Lenin e Leon Trotski.<br />
* Os mencheviques - minoria, em russo -, que, embora contrários à guerra, não admitiam a derrota da Rússia. Divididos internamente e indecisos quanto aos rumos que o país deveria tomar, foram perdendo importância política.<br />
<br />
<br />
A TOMADA DO PODER<br />
A partir de agosto de 1917, os bolcheviques passaram a dominar os principais sovietes e a preparar a revolução.<br />
No soviete Petrogrado, novo nome de São Petersburgo, foi constituído o Comitê Militar para a Realização da Revolução.<br />
Sob o comando de Trotski, no dia 25 de outubro, os bolcheviques ocuparam os pontos estratégicos de Petrogrado e o Palácio do Governo. Kerenski, abandonado por suas tropas, foi obrigado a fugir.<br />
Na manhã do dia seguinte, os sovietes da Rússia, reunidos em Congresso, confirmavam o triunfo da revolução, confiando o poder a um Conselho de Comissários do Povo. O Conselho era presidido por Lenin.<br />
<br />
As primeiras medidas do governo revolucionário foram:<br />
<br />
* retirada da Rússia da guerra;<br />
<br />
* supressão das grandes propriedades rurais, confiadas agora à direção de comitês agrários;<br />
<br />
* controle das fábricas pelos trabalhadores;<br />
<br />
* criação do Exército Vermelho, com a finalidade de defender o socialismo contra inimigos internos e externos.<br />
<br />
Logo depois, os bolcheviques adotaram o sistema de partido único: Partido Comunista.<br />
<br />
A DEFESA DA REVOLUÇÃO: TROTSKI E O EXÉRCITO VERMELHO<br />
<br />
Após a tomada do poder pelos revolucionários, a Rússia viveu ainda três anos de guerra civil. Nesse processo, a participação de Leon Trotski, um dos mais importantes líderes da revolução, foi fundamental.<br />
Culto e com grandes capacidades de persuasão, Trotski comunicava-se bem tanto com operários e camponeses quanto com uma plateia de intelectuais e diplomatas.<br />
Quando irrompeu a guerra civil, a organização das tropas de defesa, o Exército Vermelho, ficou sob sua responsabilidade. Em condições extremamente precárias, com o país esgotado, recém-saído da Primeira Guerra Mundial, Trotski conseguiu formar um exército forte e eficiente.<br />
Com o apoio popular, as tropas revolucionárias enfrentaram o Exército Branco, composto por antigos oficiais do czar e prisioneiros do exército austríaco. Além disso, enfrentaram tropas de países europeus, que temiam que a revolução socialista se espalhasse pelo continente.<br />
<br />
<br />
A CONSOLIDAÇÃO DA REVOLUÇÃO RUSSA<br />
<br />
Sob a direção de Lenin e com um plano que ficou conhecido como Nova Política Econômica (NEP), os bolcheviques deram início à recuperação da economia russa. Elaborada em 1921, a NEP procurou concentrar os investimentos nos setores mais importantes da economia. Entre as medidas adotadas encontravam-se:<br />
<br />
* produção de energias e extração de matérias-primas;<br />
<br />
* importação de técnica e de máquinas estrangeiras;<br />
<br />
* organização do comércio e da agricultura em cooperativas;<br />
<br />
* permissão para a volta da iniciativa privada em diversos setores da economia, como o comércio, a produção agrícola e algumas formas de atividade industrial. Todos os investimentos tinham o rígido controle do Estado, muitos deles eram feitos em empresas estatais.<br />
<br />
Vários Estados que tinha separado da Rússia durante a revolução - como a Ucrânia - voltaram a se integrar e formaram, em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um Estado federativo composto por quinze repúblicas.<br />
Com a morte de Lenin, em 1924, Stalin (secretário-geral do Partido Comunista) e Trotski passaram a disputar o poder. Stalin defendia a ideia de que a União Soviética deveria construir o socialismo em seu país e só depois tentar levá-lo a outros países; Trotski achava que a Revolução Socialista deveria ocorrer em todo o mundo, pois enquanto houvesse países capitalistas, o socialismo não teria condições de sobreviver isolado.<br />
Stalin venceu a disputa. Trotski foi expulso da URSS. A União Soviética ingressou, então, na fase do planejamento econômico. Foi a época dos planos quinqüenais, inaugurada em 1928. Os planos se sucederam a transformaram a União Soviética numa potência industrial. Contudo, a violência foi amplamente empregada pelo governo para impor sua política.<br />
<br />
Fonte: Base de Dados do Portal Brasil.Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-25331611413132196102011-11-29T14:00:00.000-03:002012-11-05T14:27:22.507-03:00Lula e Collor:Boni confessa manipulação do debate Lula x Collor<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-3349734408846876152011-11-25T17:11:00.000-03:002012-11-05T14:30:20.634-03:00 República Velha: Simulado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://rosely-historiaetecnologia.blogspot.com/2011/06/simulado-republica-velha.html#links">HISTÓRIA: Simulado República Velha</a></div>
Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-27011925188975605482011-11-24T23:59:00.000-03:002011-11-25T00:19:28.328-03:00Brasil colônia: Simulado01. "No sigilo das grossas portas fechadas nascia o ideário de liberdade dos inconfidentes - utopia prudente de poetas e do clero que trouxeram Virgílio para a colônia, ousaram saltar as fronteiras do isolacionismo cultural e político e criaram uma atmosfera carregada de pontos em suspensão, a reproduzir a vitória na derrota, a sobrevivência na morte, a tradição na ruptura."<br />
(Maria Arminda do Nascimento Arruda, A mitologia da mineiridade, Editora Brasiliense, São Paulo)<br />
A Inconfidência Mineira, segundo a própria autora, revela a antinomia entre liberdade e ponderação presente no primeiro movimento emancipacionista ocorrido no Brasil Colônia. Sobre a Inconfidência de 1789, responda:<br />
a) Quais suas principais características? <br />
b) Em que quadro histórico e ideológico ela deve ser inserida?<br />
<br />
<br />
02. (FATEC) A Conjura Baiana de 1798, conhecida também por Revolução dos Alfaiates, foi a mais popular rebelião do período colonial, entre outros motivos, por propor:<br />
a) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia Constitucional e a manutenção do pacto colonial;<br />
b) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia Constitucional, a continuidade da escravidão e a liberdade de comércio;<br />
c) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, a continuidade da escravidão e a manutenção das restrições ao comércio;<br />
d) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, o fim da escravidão e a liberdade de comérci<br />
e) a emancipação de Portugal, a manutenção do Pacto Colonial, o fim da escravidão e a formação de um exército luso-brasileiro.<br />
<br />
03. (UCSAL) A Independência dos Estados Unidos, em 1776:<br />
a) foi uma Revolução política e, sobretudo, social, pois marcou a libertação dos negros;<br />
b) favoreceu os índios e as mulheres que passaram a desfrutar, na prática, dos mesmos direitos que os proprietários burgueses;<br />
c) foi resultado de um longo processo impulsionado pelo agrarismo e pelo escravismo;<br />
d) significou a liberdade para toda a população, embora a nova constituição restringisse os direitos dos imigrantes, pois estabelecia o voto censitário;<br />
e) processou-se através da primeira Revolução que acabou com a dominação colonial da América.<br />
<br />
<br />
04."Do Caeté a Vila Rica, Mas o homem que vão levando<br />
tudo ouro e cobre! é quase só pensamento:<br />
O que é nosso vão levando...<br />
E o povo aqui sempre pobre! - Minas da minha esperança<br />
Minas do meu desespero<br />
Noite escura. Duros passos. Agarram-me os soldados,<br />
Já se sabe quem foi preso. como qualquer bandoleiro<br />
Ninguém dorme. Todos falam,<br />
todos se benzem de medo. Vim trabalhar para todos,<br />
Passos da escolta nas ruas e abandonado me vejo.<br />
- que grandes passos, no Tempo Todos tremem. Todos fogem.<br />
A quem dediquei meu zelo?"<br />
(Cecília Meireles, O Romanceiro da Inconfidência)<br />
<br />
Com grande sensibilidade Cecília Meireles recupera aspectos importantes da Conjuração Mineira que:<br />
a) teve a participação exclusiva das camadas médias e pobres da população das Gerais;<br />
b) eclodiu quando aumentaram a produção e a exportação dos metais preciosos;<br />
c) terminou com onze dos conspiradores condenados à pena de morte, pena esta fielmente cumprida;<br />
d) falhou na organização da defesa militar, sendo suas tropas logo derrotadas pelas forças legalistas, o que gerou um clima de pânico em Vila Rica;<br />
e) teve seus participantes punidos de forma diversa, segundo a situação socioeconômica de cada um deles.<br />
<br />
05. Não podemos considerar como fator da Crise do Antigo Sistema Colonial:<br />
a) a Revolução Industrial<br />
b) o Iluminismo<br />
c) a Independência dos EUA<br />
d) a Revolução Francesa<br />
e) o apogeu do Antigo Regime<br />
<br />
<br />
06. Entre as propostas da Inconfidência Mineira, podemos citar:<br />
a) a abolição da escravidão no Brasil, mediante a indenização dos proprietários;<br />
b) a mudança da sede do Governo Brasileiro da província da Bahia para Minas Gerais;<br />
c) a restrição da produção manufatureira, que impedia a concentração de recursos nas atividades manufatureiras;<br />
d) o término das concessões especiais à Inglaterra, firmado no Tratado de Comércio e Amizade;<br />
e) a independência do Brasil e o estabelecimento de um governo republicano.<br />
<br />
07. (UNIFENAS) O ideário político de conteúdo liberal da Inconfidência Mineira apresentava algumas contradições, dentre elas:<br />
a) manutenção do regime de trabalho escravo;<br />
b) adoção de um regime político republicano;<br />
c) estabelecimento de uma Universidade em Vila Rica;<br />
d) separação e independência dos poderes executivo, legislativo e judiciário;<br />
e) manutenção dos antigos privilégios concedidos às companhias de comércio.<br />
<br />
08. (FGV) Sobre a Inconfidência Mineira é correto afirmar:<br />
a) Foi um movimento que contou com uma ampla participação de homens livres não-proprietários e até mesmo de muitos escravos negros.<br />
b) O clero de Minas Gerais não teve nenhuma participação na conspiração, que tinha uma forte conotação anti-eclesiástica;<br />
c) Entre os planos unanimemente aprovados pelos conspiradores de Minas estava a abolição da escravatura;<br />
d) Entre os fatores que influenciaram os "inconfidentes" estavam as "idéias francesas" (o Iluminismo, o Enciclopedismo) e a "justificação pelo exemplo", da Independência Norte-Americana.<br />
e) Os "inconfidentes" jamais pensaram seriamente em proclamar a Independência do Brasil em relação a Portugal, pretendendo apenas forçar a Coroa a suspender a cobrança da "derrama".<br />
<br />
09. (UNIFENAS) Falso ou Verdadeiro?<br />
I. A Conjuração Baiana teve como inspiração as idéias liberais e teve participação popular.<br />
II. A Inconfidência Mineira foi idealizada por uma elite e obteve o respaldo popular, com exceção dos trabalhadores escravos.<br />
III. Ideal de libertação nacional, influência das idéias iluministas, apoio popular e forte repressão militar caracterizaram os movimentos de independência conhecidos como Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.<br />
As afirmações acima são, respectivamente:<br />
a) F V F<br />
b) V F F<br />
c) V V V<br />
d) F F F<br />
e) V F V<br />
<br />
10. (FUVEST) A Inconfidência Mineira, no plano das idéias, foi inspirada:<br />
a) nas reivindicações das camadas menos favorecidas da colônia;<br />
b) no pensamento liberal dos filósofos da ilustração européia;<br />
c) nos princípios do socialismo utópico de Saint-Simon;<br />
d) nas idéias absolutistas defendidas pelos pensadores iluministas;<br />
e) nas fórmulas políticas desenvolvidas pelos comerciantes do rio de Janeiro.<br />
<br />
<br />
Resolução:<br />
<br />
01. a) Movimento de letrados, limitado a uma elite urbana. A Inconfidência de Minas não contou com o apoio dos setores populares e se omitiu com relação à abolição da escravidão.<br />
<br />
b) No quadro das Revoluções Liberais burguesas que assinalam a crise do Antigo Regime, marcado pela difusão do Iluminismo.<br />
02. D 03. E 04. E 05. E<br />
06. E 07. A 08. D 09. B<br />
10. BRosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-81619356513348279072011-11-22T08:28:00.000-03:002011-11-22T08:28:26.003-03:00Quilombos e Quilombolas<b>História dos quilombos</b><br />
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No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.<br />
Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.<br />
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.<br />
Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho.<br />
A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.<br />
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.<br />
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<b>Comunidades quilombolas na atualidade</b><br />
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Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura. Eles deram origens às atuais comunidades quilombolas. Existem atualmente cerca de 1.100 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Grande parte destas comunidades está situada em estados das regiões Norte e Nordeste.Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-15584555823705754192011-11-22T08:24:00.000-03:002011-11-22T08:24:55.759-03:00Dia da consciência Negra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/consciencia_negra.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="113" width="90" src="http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/consciencia_negra.jpg" /></a></div>Zumbi de Palmares<br />
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Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.<br />
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<i>Dia da Consciência Negra</i><br />
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.<br />
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<i>Importância da Data</i><br />
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A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. <br />
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. <br />
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-46375612788268338062011-09-26T22:39:00.000-04:002011-09-26T22:39:48.514-04:00PRESIDENTES DO BRASIL : Período repúblicanoMANUEL DEODORO DA FONSECA ( Deodoro da Fonseca ) – 1889 – 1891: A 15 de novembro de 1889, chefiou o movimento que depôs o último gabinete da monarquia presidido pelo Visconde de Ouro Preto, proclamando a República. Nos mesmo dia foi aclamado chefe do Governo Provisório e como tal conseguiu a adesão de todos os Estados para os quais nomeou governadores; estabeleceu a separação da Igreja do Estado, o casamento civil, promulgou o novo Código Penal e aprovou a nova bandeira da País. Convocou a Assembléia Constituinte que aprovou a Primeira Constituição Republicana em 24 de fevereiro de 1891. Eleito pela Assembléia, assumiu a Presidência da República. Entretanto em conflito com o Poder Legislativo, dissolveu o Congresso Nacional, o que provocou reação por parte da Marinha, comandada pelo Almirante Custódio de Melo. Preferiu renunciar a enfrentar uma guerra civil, passando o poder ao vice-presidente, com ele eleito pela Constituinte, Marechal Floriano Peixoto. Faleceu no Rio de Janeiro a 23 de Agosto de 1892.<br />
FLORIANO VIEIRA PEIXOTO (Floriano Peixoto ) 1891 – 1894: Foi presidente da Província de Mato Grasso e ocupou o cargo de ajudante-general do Exército. Com a renúncia de Deodoro, assumiu a chefia do Governo e exerceu-o até 15 de novembro de 1894. Durante seu governo eclodiram duas revoluções: a Federalista, no Rio Grande do Sul, e a da Armada, no Rio de Janeiro, chefiada pelo Almirante Saldanha da Gama. Floriano reconvocou o Congresso e resistiu aos 2 movimentos revolucionários, despertando forte movimento nacionalista, sendo cognominado, por isso, Marechal de Ferro, e Consolidor da República. Enfrentou grande oposição parlamentar e foi implacável em relação aos oficiais que representaram contra sua permanência no Governo. Era membro do Supremo Tribunal Militar. Faleceu em Cambuquira, Minas Gerais, a 29 de julho de 1895. É até hoje venerado como defensor do espírito republicano, tendo rompido relações com Portugal por terem os navios dessa nação dado asilo aos oficiais da marinha rebeldes.<br />
PRUDENTE JOSÉ DE MORAIS BARROS ( Prudente de Morais ) 1894 – 1898: Foi eleito deputado à Assembléia Provincial, primeiro pelo Partido Liberal e, depois, pelo Partido Republicano. Em 1885 elegeu-se para a Câmara dos Deputados. Integrou a Assembléia Constituinte Republicana como senador, sendo eleito para presidi-la. Concorreu com o Marechal Deodoro à Presidência da República. Em 1894, foi escolhido Presidente da República, em eleição direta, tomando posse a 15 de novembro. Restabeleceu relações com Portugal e resolveu pacificamente o conflito com a Inglaterra que ocupava nossa Ilha Trindade. Sob seu governo foi o Brasil vitorioso por arbitragem dos Estados Unidos, na questão de limites com a Argentina, conhecida como Questão das Missões. Também firmou-se com a França um tratado para resolver a Questão do Amapá, com arbitragem da Suíça. Em virtude de doença, passou o exercício do governo ao vice-presidente Manuel Vitorino Pereira, de 10 de novembro de 1894 a 5 de março seguinte. Sofreu um atentado por um soldado fanático a 5 de novembro de 1897, no qual tombou mortalmente o Ministro da Guerra, Marechal Machado Bittencourt, que defendeu o presidente. No seu governo iniciou-se o conflito de Canudos. Faleceu em 1902.<br />
MANUEL FERRAZ DE CAMPOS SALES ( Campos Sales ) 1898 – 1902: Foi eleito deputado geral em 1885. Proclamada a República, foi Ministro da Justiço da Governo Provisório. Senador na Constituinte de 1890, interrompeu o mandato por Ter sido eleito presidente do Estado de São Paulo. Eleito Presidente da República, de 15 de novembro de 1898 à 15 de novembro de 1902, visitou a Argentina em caráter oficial, passando o exército do Governo a Francisco de Assis Rosa e Silva de 19 de outubro a 08 de novembro de 1900. O seu governo caracterizou-se pela atenção dada à situação financeira do País. Antes de assumir o Governo, visitou a Europa, onde entrou em entendimento com os credores, estabelecendo uma severa política fiscal a cargo do Ministro da Fazenda Joaquim Murtinho. Para fortalecer o Governo estabeleceu a chamada "política dos governadores", pela qual as bancadas dos Estados prestigiadas pelos chefes das unidades teriam o reconhecimento assegurado em troca de apoio que dariam ao Governo Federal. A severidade na cobrança dos impostos diminuiu-lhe a popularidade, mas, ao deixar o Governo, as finanças se encontravam em boas situações. Em 1906, voltou a ocupara a cadeira de senador por São Paulo. Faleceu a 28 de junho de 1913.<br />
FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES ( Rodrigues Alves ) 1902 – 1906: Foi presidente da Província de São Paulo em 1887, recebendo o título de Conselheiro. Aderindo a República, foi deputado à Constituinte em 1890. Em 1891 foi nomeado a Ministro da Fazenda sob o Governo de Marechal Floriano. Em 1893 foi eleito senador por seu Estado, renunciando em 1894, para ocupar a pasta da Fazenda no Governo Prudente de Morais. Foi o negociador da consolidação dos empréstimos externos ( funding-loan ) com os banqueiros ingleses Rothschild. Foi eleito presidente de São Paulo em 1900 e presidente da República em 1902. Governou o País de 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro de 1906. Durante o seu mandato realizou-se a reforma urbana do rio de Janeiro sob os planos do Engenheiro Pereira Passos e o saneamento da cidade, extinguiu-se a febre amarela pela ação do higienista Osvaldo Cruz. Sua administração financeira foi das mais bem-sucedidas. Deixou a Presidência com grande prestígio, sendo chamado "O Grande Presidente". Em 1912, foi novamente eleito Presidente de São Paulo. Em 1916, voltou a ocupar uma cadeira no Senado Federal, representando seu Estado. Em 1919, único exemplo da nossa história, foi eleito Presidente da República, não se empossando por motivo de doença. Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1919, estando no exercício do cargo o vice-presidente Delfim Moreira.<br />
AFONSO AUGUSTO MOREIRA PENA ( Afonso Pena ) 1906 – 1909: Foi deputado provincial e geral pelo Partido Liberal e ministro de várias pasta durante a Monarquia, recebendo o título de Conselheiro. Aceitando a República, foi constituinte do Estado de Minas Gerais e, em seguida, seu presidente. Durante o governo de Rodrigues Alves, presidiu o Banco do Brasil, e ocupou a vice-presidência da República. Foi eleito presidente a 01 de março de 1906. Suas principais obras foram: representação do Brasil na Conferencia de Haia; construção de mais de 4 mil Km de ferrovias; incentivo à indústria e o povoamento do solo. Com a morte do governador de Minas, João Pinheiro, seu sucessor natural, criou-se um impasse político. Afonso Pena tentou lançar o nome de seu Ministro David Campista, ao qual se contrapôs o nome do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca. Em meio à crise sucessória, Afonso Pena faleceu, no Palácio do Catete, a 14 de junho de 1909.<br />
NILO PROCÓPIO PEÇANHA ( Nilo Peçanha ) 1909 – 1910: Participou das campanhas abolicionista e republicana, iniciando sua vida política em 1890 ao ser eleito a Assembléia Constituinte. Em 1903 foi sucessivamente senador e presidente do Estado do Rio, permanecendo neste cargo até 1906 quando foi eleito, na chapa de Afonso Pena, vice-presidente da República. Em 1909, com a morte de Afonso Pena, assumiu a Presidência. Embora curto, o seu governo foi marcado pela agitação política em razão a suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador. Em conseqüência da campanha civilista, tornaram-se mais agudos os conflitos entre as oligarquias estaduais, sobretudo de Minas Gerais e São Paulo. Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, Serviço de Proteção ao Índio e inaugurou no Brasil e ensino técnico profissional. Ao fim de seu mandato, voltou ao Senado e dois anos mais tarde foi eleito a presidência do Estado, cargo que renunciou em 1917 para assumir a pasta das Relações Exteriores. Eleito novamente senador em 1918, encabeçou em 1921 a chapa de Movimento Reação Republicana, que tinha por objetivo contrapor o liberalismo político contra a política vigente das oligarquias estaduais. Morreu em 1924 no Rio de Janeiro afastado da vida política.<br />
Hermes Rodrigues da Fonseca ( Hermes da Fonseca ) 1910 – 1914: Em 1889, Hermes da Fonseca participou da Revolta Republicana com Marechal Deodoro. De quem foi ajudante – de – campo e secretário militar. Dirigiu o Arsenal da Guerra da Bahia, fundou e dirigiu a Escola dos Sargentos, durante o governo de Floriano Peixoto. A 15 de novembro de 1910 venceu a campanha civilista que apoiava Rui Barbosa e assumiu a Presidência da República. Logo após sua posse várias revoltas eclodiram e foram combatidas pelas tropas governamentais. Ainda durante o seu governo iniciou-se a política de "salvações iniciais", sério de intervenções militares nos Estados, visitando ao expurgo de elementos da oposição, cujo prestígio combatia com a autoridade da Presidência. Depois de deixar a Presidência, foi eleito senador pelo Parido Republicano Conservador ( PRC ), mais não assumiu. Em 1922 envolveu-se na Revolta do Forte de Copacabana, sendo preso por seis meses, ao fim dos quais retirou-se para Petrópolis, onde morreu em 9 de setembro de 1923.<br />
Venceslau Brás Pereira Gomes ( Venceslau Brás ) 1914 – 1918: Mineiro, vice-presidente de Hermes da Fonseca. Sua carreira política foi rápida e intensa: deputado estadual de 1892 a 1898; secretário do Interior do governo de Minas Gerais de 1898 a 1902; deputado federal de 1903 a 1908 e Presidente do Estado de Minas Gerais de 1909 a 1910, completando o mandato do falecido João Pinheiro. Candidato único à eleição. Governou durante toda a Primeira Guerra Mundial. Os conflitos estaduais se seguiram. Enfrentou a Campanha do Contestado no Paraná. Terminado o mandato, retirou-se da vida pública e faleceu a 15 de maio de 1966 em Itajubá, Minas Gerais.<br />
Delfim Moreira da Costa Ribeiro ( Delfim Moreira ) 1918 – 1919: Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi deputado estadual de 194 a 1902, sendo nomeado secretário do Interior de Minas Gerais pelo Governador Francisco Sales, permanecendo no cargo de 1902 a 1906. No ano seguinte foi eleito senador estadual e, em 1909, deputado federal, cargo a que renunciou um ano depois, quando foi novamente nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais. Presidente deste Estado em 1914, ocupou o cargo até 1918, quando foi eleito vice-presidente na capa de Rodrigues Alves. Como o presidente eleito não pudesse assumir, Delfim Moreira foi empossado e manteve o ministério que Rodrigues Alves nomeara. Seu estado de saúde, com tudo também, não era bom, e foi Afrânio de Melo Franco, ministro da Viação, quem assumiu temporariamente os encargos do Governo. Após o falecimento de Rodrigues Alves, Delfim Moreira assumiu a Presidência. No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz, em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito Presidente da República a 13 de maio, em disputa como candidato da oposição, Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo em 28 de julho de 1919, voltado à vice-presidência. Morreu em 1 de julho de 1920.<br />
Epitácio Lidolfo da Silva Pessoa ( Epitácio Pessoa ) 1919 – 1922: .Foi eleito Presidente da República, tomando posse em 28 de julho de 1919, em substituição de Rodrigues Alves, que falecera antes de tomar posse. Ao deixar a Presidência da República, foi eleito Ministro da Corte Permanente da Justiça Internacional do Haia, mandato que exerceu até novembro de 1930. Seus principais atos como Presidente da República foram: a construção de açudes no nordeste; a criação da Universidade do Rio de Janeiro – a primeira do Brasil; a comemoração do primeiro Centenário da Independência, e a inauguração da primeira estação de rádio. Durante seu mandato o País sofreu grave crise econômico-financeira, sendo contratado um empréstimo com a Inglaterra para fazer frente a uma terceira valorização do café. A sua administração foi marcada por greves e agitações políticas, como a da Bahia, Maranhão e Pernambuco – A que respondeu com intervenção federal. A nomeação de ministros civis para as pasta militares deu inicio a uma crescente insatisfação que culminou com o fechamento do Clube Militar e a prisão de seu presidente, o Marechal Hermes da Fonseca. O levante do Forte de Copacabana, em 5 de julho de 1922, da Escola Militar do Rio de Janeiro, e da guarnição de Mato Grasso, foi declarado estado se sítio por 30 dias, prorrogado, sucessivamente, até 1926, faleceu em 13 de fevereiro de 1942.<br />
Artur da Silva Bernardes ( Artur Bernardes ) 1922 – 1926: Em 15 de novembro de 1922, Artur Bernardes foi eleito com o apoio de São Paulo e Minas para a Presidência da República depois de acirrada campanha, cujo candidato oposicionista era Nilo Peçanha, que contava com o apoio da "Reação Republicana", formada pelos estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e o Partido Republicano do Rio Grande do Sul. O governo de Artur Bernardes foi marcado por vários movimentos revoltosos, como: a Revolta no Rio Grande do Sul contra a continuidade de Borges de Medeiros no Governo do Estado; a Revolta em São Paulo, chefiada por Isidoro Dias Lopes e promovida pelos "Tenentes"; a coluna Prestes – Miguel Costa – União das Duas Colunas Revolucionárias de Paulistas e Gaúchos; o Motim de Couraçado São Paulo, que ameaçava bombardear o Palácio do Catete. Enfrentou a Revolta do Forte de Copacabana, conseqüência direta dos problemas com os militares. Teve início o movimento Tenentista. No final de seu mandato, em 1926, o Presidente conseguiu fortalecer o Poder Executivo através de uma reforma na Constituição de 1891.Governou sob Estado de Sítio durante 44 meses. Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de março de 1955<br />
Washington Luís Pereira de Souza ( Washington Luís ) 1926 – 1930: Libertou presos políticos e diminuiu a censura à imprensa. Suspendeu o Estado de Sítio. Propagou um discurso anticomunista. A Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, levou à baixo todos os seus projetos econômicos. O preço do café desabou, levando a uma crise séria. Lançou Júlio Prestes, paulista, para sua sucessão, quebrando a ordem do Café com Leite. Não terminou seu mandato, sendo deposto por Getúlio Vargas, que liderou a Revolução de 30. Faleceu em São Paulo a 4 de agosto de 1957.<br />
República Nova<br />
Getúlio Dornelles Vargas ( Getúlio Vargas ) 1930 – 1945: Chefe do Governo Provisório organizado logo após a vitória da Revolução de 1930, até 1934, quando foi eleito presidente da República pela Assembléia Constituinte. Durante o Governo Provisório, o Código Eleitoral estabeleceu o voto secreto, a Segunda Constituição Republicana, que, entre outras determinações, instituiu o salário mínimo e a Justiça do Trabalho. Sob o pretexto de um golpe comunista ( Plano Cohen ), em 1937, Vargas dissolveu o Congresso e os partidos políticos. Estabelecido o Estado Novo com o golpe, outorgou a Carta de 1937, que fortaleceu o poder executivo. A economia brasileira foi dirigida no sentido de atender aos interesses nacionais, com ênfase na diversificação agrícola e no desenvolvimento industrial. Datam desse período a criação do Conselho Nacional do Petróleo, o planejamento da Hidrelétrica de São Francisco, a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda. Devido a Consolidação das Leis do Trabalho e à valorização dos Institutos de Previdência Social. Vargas tornou-se o líder dos trabalhadores. O fim da guerra ( 1939 – 1945 ) e a articulação liberal exigiam a redemocratização do País. No início de 1945, pelo Ato Adicional e outras medidas. Vargas autorizou eleições para presidente e para uma Assembléia Constituinte. Decrescentes, as Forças Armadas forçaram a sua renúncia em 29 de outubro de 1945.<br />
Eurico Gaspar Dutra ( Eurico Dutra ) 1946 – 1951: A promulgação da Quarta Constituição republicana ( 18 de setembro do mesmo ano ) foi o fato mais relevante do seu governo. A Carta estabeleceu a responsabilidade do Presidennte e de seus ministros de Estados perante o Congresso e assegurou aos cidadãos os direitos do liberalismo político além de manter os direitos adquiridos, anteriormente, pelos trabalhadores. Em seu governo foram construídas a rodovia Rio – São Paulo ( Via Dutra ) e a Companhia Hidrelétrica de São Francisco. As revelações diplomáticas com a URSS foram cortadas e foram caçados os direitos do Partido Comunista Brasileiro ( PCB ) . Faleceu no Rio de Janeiro em 11 de junho de 1974.<br />
Getúlio Dornelles Vargas ( Getúlio Vargas ) 1951 – 1954: Após a sua renúncia em 1945, Vargas foi eleito senador ao mesmo tempo por São Paulo e por Rio Grande do Sul e a deputado federal por seis Estados. Em 1950, concorreu à Presidência da República, tendo como candidato a vice João Café Filho. Eleito com 48.7% dos votos, tomou posse em 31 de janeiro de 1951. Durante o seu governo foi criada a Petrobrás. Diante da agitação política e de um atentado ao líder da oposição e jornalista Carlos Lacerda, Vargas sofreu pressões de vários segmentos para renunciar, terminando por suicidar-se em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete.<br />
João Café Filho ( Café Filho ) 1954 – 1955: Eleito deputado federal em 1934 e em 1945, foi, na Câmara, um dos mais destacados parlamentares, participando ativamente da vida política nacional. Como resultado de uma coalizão política, foi indicado pelo PSP candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas. Após a morte de Vargas, o vice-presidente assumiu. Facilitou ainda mais a penetração do capital externo, o que descontentou os nacionalistas e o operariado. Café Filho foi depois ministro do Tribunal de Contas do Estado de Guanabara e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.<br />
Nereu de Oliveira Ramos ( Nereu Ramos ) 1955 – 1956: Assumiu com a hospitalização do Presidente Café Filho e o impedimento decretado a seu substituto Carlos Luz, foi empossado Nereu Gomes na Presidência da República. Seu Mandato se deu sob o estado de sítio e em 31 de janeiro de 1956 passou o cargo ao presidente eleito Juscelino Kubitschek, assumindo o Ministério da justiça. Em 1957, deixou este cargo, voltando ao Senado. Faleceu em 16 de junho de 1958, em um desastre aéreo.<br />
Juscelino Kubitschek de Oliveira (Juscelino Kubitschek ) 1956 – 1961: Encampou o projeto "50 anos em 5", falando em modernizar amplamente o país. Construiu a Rodovia Belém – Brasília; impulsionou a indústria automobilística; empreendeu, no setor hidrelétrico, as gigantescas obras de Furnas e de Três Maria; auxiliou a expansão da Petrobrás. Sua grande realização, entretanto, foi a fundação de Brasília. Terminou seu mandato enfrentando uma enorme dívida externa e uma galopante inflação. Entregou a Presidência em 1961 a Jânio Quadros. No governo de Jânio foi eleito senador por Goiás. Em 1964 seu mandato foi caçado e seus direitos políticos suspensos por 10 anos. Faleceu em desastre de automóvel quando vinha de São Paulo para o Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1976.<br />
Jânio da Silva Quadros ( Jânio Quadros ) 1961: Nasceu em Campo Grande, Mato Grosso, em 25 de janeiro de 1917. Com carreira brilhante na política paulista, Jânio apresentou-se para a eleição com uma força enorme, atraindo votos de todo tipo de eleitor. Já empossado, não conseguiu contentar estes setores, com uma política econômica de sacrifícios e uma política externa de independência vista como perigosa. Renunciou em agosto de 1961, à espera de ser aclamado pelo exército e pela burguesia. Perdeu seu cargo.<br />
João Belchior Marques Goulart ( João Goulart - Jango ) 1961-1964: Adotou-se então um sistema parlamentarista, em que se tirava o centro do poder das mãos do presidente. Este regime durou até 1963, onde, através de um plebiscito, Jango recuperou o sistema presidencialista e retomou sua atuação. Apoiando-se nos trabalhadores, sugeriu reformas de base para diminuir os abismos sociais do Brasil. Foi visto como representante do perigo comunista e deposto em 1964. Morreu no exílio no dia 6 de dezembro de 1976, no município argentino de Mercedes, vítima de um ataque cardíaco.<br />
Movimento Militar de 1964: <br />
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco ( Castelo Branco ) 1964 – 1967: O Supremo Comando da Revolução fez com que o Congresso o elegesse, em 11 de abril de 1964,assumindo o governo no dia 15 do mesmo mês, para uma presidência provisória. Seu ministério era formado por membros da linha dura do exército, e administradores que tomaram para si o projeto de saneamento das finanças. O presidente ganhou o poder de governar com decretos-lei, e contava com os Atos Institucionais para tirar a oposição do caminho. Havia forte repressão às manifestações contrárias às atitudes do governo. Faleceu em um desastre aéreo, em 18 de julho de 1967, após haver deixado a Presidência.<br />
Marechal Artur Costa e Silva ( Costa e Silva ) 1967 – 1969: Decretou o Ato Institucional nº 5, e fechou o Congresso por dez meses. Fortaleceu os radicais da ala militar. Foi afastado da presidência por uma trombose cerebral. Assumiu uma Junta Militar, que nomeou o próximo presidente. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 17 de dezembro de 1969, vítima de um distúrbio circulatório. A partir de sua doença o governo foi exigido interinamente por uma junta militar composta pelo ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica, que passaram o poder ao Presidente Emílio Garrastazu Médici.<br />
General Emílio Garrastazu Médici ( Garrastazu Médici ) 1969 – 1974: Com a enfermidade do Presidente Costa e Silva, foi indicado e eleito pelo Congresso Nacional para a Presidência da República. Governou sob o clima do Milagre Econômico, que entusiasmou a classe média. A divulgação de seus projetos pela televisão criou um clima de ufanismo nacional. A vitória na Copa de 70, por exemplo, foi utilizada como símbolo do futuro de sucesso do Brasil. Investiu em grandes obras de necessidade duvidosa, como a rodovia Transamazônica. Ao mesmo tempo, os militares tiveram que enfrentar a reação de grupos que encontraram na luta armada o caminho de oposição à ditadura. Os êxitos econômicos do "Milagre" justificaram o rígido controle político – ideológico mantido durante o seu mandato. Faleceu em 9 de outubro de 1985.<br />
General Ernesto Geisel ( Geisel ) 1974 - 1979: Foi lançado oficialmente candidato à Presidência em 18 e julho de 1973, vencendo o pleito do Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1974. Assumiu a presidência logo após a Crise do Petróleo, que encontrou um Brasil otimista e despreparado para enfrentá-la. Mesmo assim manteve construção de obras gigantescas, como a ponte Rio - Niterói e a Usina Nuclear em Angra dos Reis. Iniciou o processo de abertura política, pressionado pelos opositores e pela opinião pública. Entre suas principais realização destacam-se o reatamento das relações com a China; o II Plano Nacional de Desenvolvimento, visando ao desenvolvimento do País; a busca de novas fontes de energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha e criando os contratos de risco com a Petrobrás; início do processo de redemocratização do País. Em 1979, passou o Governo ao General João Batista de Oliveira Figueiredo. Após vários estudos, negociações, acordos políticos, o Presidente Ernesto Geisel assina em 11 de Outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31 que cria o Estado de Mato Grosso do Sul.<br />
General João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985): Com o general – exército, foi escolhido pelo seu partido – ARENA – candidato à Presidência, obtendo a vitória pelo Colégio Eleitoral em 15 de outubro de 1978, prometendo "a mão estendida em conciliação". Como presidente, discursou na ONU, a 27 de setembro de 1979, onde criticou os autos juros impostos pelos países desenvolvidos que impediam os demais de crescerem. Último presidente do regime militar, deu seqüência ao processo de abertura. Em 1979 assinou a Lei de Anistia, que permitia o retorno de exilados políticos ao Brasil. Governou sob grave recessão econômica, acompanhada de numerosas greves. Ao final de seu governo, os políticos da oposição estavam extremamente prestigiados. Em 1984, foi substituído no Governo por José Sarney, vice – presidente de Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Congresso Nacional.<br />
Redemocratização<br />
José Ribamar Ferreira de Araújo Costa ( José Sarney ) 1985 – 1990: Presidente da transição para a democracia, assumiu o cargo após a morte de Tancredo Neves, que faleceu antes de a tomar posse. Enfrentou um período de inflação descontrolada através de diversos planos, sendo o Plano Cruzado o que teve sucesso por mais tempo. Várias concessões políticas a seus grupos de sustentação impediram a manutenção de uma política econômica austera.<br />
Fernando Collor de Melo 1990 – 1992: Primeiro presidente brasileiro eleito por voto direto depois da ditadura militar e o único, até agora, a sofrer um processo de Impeachment. Foi com um discurso anti-corrupção e modernizador. Implantou o Plano Collor, que revoltou a população ao impedir saques de contas particulares e poupanças nos bancos acima de uma determinada quantia. Abriu o mercado para a entrada de produtos estrangeiros. Mesmo buscando manter uma imagem de herói junto à população, sofreu um processo de Impeachment por corrupção e renunciou ao seu cargo. De volta a Brasília, escolhe São Paulo como domicílio eleitoral e anuncia a intenção de concorrer para a Prefeitura da cidade em 2000.<br />
Itamar Augusto Cautieiro Franco ( Itamar Franco )1992 – 1994: Vice de Fernando Collor de Melo, assumiu a presidência em caráter definitivo, em 29 de dezembro de 1992, após sua renúncia. Enfrentando novamente o retorno da inflação, deu início ao processo de desindexação que levou ao Plano Real, no mandato seguinte. Deixou o mandato em 1 de janeiro de 1995, com índice de popularidade entre os mais altos da República.<br />
Fernando Henrique Cardoso ( FHC ) 1994 – 2003: Implementou o Plano Real, que reduziu significativamente a inflação. Iniciou o processo de privatização das empresas estatais, enfrentando protestos. Conseguiu aprovar no Congresso Nacional várias emendas à Constituição, inclusive a que permite a sua própria reeleição.<br />
Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) 2003 : Até os dias atuais Metalúrgico brasileiro nascido em Garanhuns, PE, que como líder do movimento sindical brasileiro chegou a Presidência da República (2002). Filho de lavradores mudou-se (1952), com a mãe e seis irmãos, para Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Aos nove anos começou a trabalhar como vendedor ambulante, aos 12 como entregador de tinturaria e aos 15 como metalúrgico numa fábrica de parafusos. Formou-se torneiro mecânico pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Começou a militar no movimento sindical (1969) e, seis anos depois, assumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Em pleno regime militar, liderou (1978) a primeira grande greve operária do Brasil em dez anos. Durante outra greve (1980), foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Essas greves de metalúrgicos do ABC paulista projetaram-no como líder do movimento sindical brasileiro. Comandou a fundação do Partido dos Trabalhadores, o PT, e da Central Única dos Trabalhadores, CUT (1980). Candidato ao governo do estado de São Paulo (1982) ficou em quarto lugar. Dois anos depois participou ativamente da campanha das diretas-já e (1986) foi eleito deputado federal com a maior votação da história do país. Na Assembléia Nacional Constituinte, defendeu a reforma agrária, a empresa nacional, a nacionalização das reservas minerais e a estatização dos bancos. Candidatou-se pela primeira vez à presidência da república (1989), pela Frente Brasil Popular (PT, PSB e PC do B), mas foi derrotado, no segundo turno, por Fernando Collor de Melo, que conquistou 53% dos votos válidos. Após a eleição, optou por não se candidatar a uma vaga no Congresso para viajar pelo Brasil, como preparação para a eleição presidencial (1994). Nesse ano, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Fernando Henrique Cardoso, elegeu-se presidente da república com 54,3% dos votos válidos no primeiro turno e ele ficou em segundo lugar, com 27% dos votos válidos. Derrotado novamente por FHC (1998), depois de três derrotas em três eleições seguidas, chegou à Presidência da República pelo voto direto. A vitória contra José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições de outubro levaram, pela primeira vez na história do Brasil, um operário ao topo do poder. Tornou-se, então, personagem central de uma história da ascensão de um ex-operário e retirante nordestino no cenário político do país, fundador e dirigente de um dos principais partidos de esquerda do Brasil e, com muita persistência, disputar e finalmente ganhar a eleição para a presidência da república.<br />
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Atividade: <br />
1. Cite os presidentes da República do período denominado de “Redemocratização”.<br />
2. Compare governo de Getúlio Dornelles Vargas ( Getúlio Vargas ) 1930 - 1945 e do segundo mandato 1951 – 1954.<br />
3. Descreva o governo de Fernando Collor de Melo 1990 – 1992.<br />
4. Descreva o governo de Fernando Henrique Cardoso ( FHC ) 1994 – 2003.<br />
5. Descreva o governo de Itamar Augusto Cautieiro Franco ( Itamar Franco )1992 – 1994.<br />
6. Descreva o governo de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa ( José Sarney ) 1985 – 1990: <br />
7. Descreva o governo de General João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).<br />
8. Descreva o governo de General Ernesto Geisel ( Geisel ) 1974 - 1979. <br />
9. Descreva o governo de General Emílio Garrastazu Médici ( Garrastazu Médici ) 1969 – 1974.<br />
10. Quem foram os presidentes durante o período militar?Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-60543891964713879942011-09-26T10:13:00.000-04:002011-09-26T10:13:03.525-04:00História de Mato Grosso do sulOrigem <br />
A origem do termo Mato Grosso é incerta, acredita-se que o seja originário da palavra guarani Kaagua'zú (Kaa bosque, mata e Guazú grande, volumoso), que significa literalmente Mato Grosso.[1]<br />
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Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos derivados de termos genéricos: "o Mato Grosso do Sul", "o Rio de Janeiro", "o Espírito Santo". Entretanto, este uso é contestado e há quem prefira eliminar o artigo definido: "em Mato Grosso".<br />
[editar] Primórdios<br />
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A ocupação humana do estado de Mato Grosso do Sul iniciou-se por volta de 10.000 A.C. através dos primeiros habitantes indígenas, ancestrais dos ameríndios contemporâneos Guaranis, Terenas, Caiouás e Caiapós, tendo, através dos anos, novos povos se estabelecido na região, como por exemplo os Ofaiés.<br />
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A corrida pela prata no Peru<br />
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Já a partir do descobrimento da América, iniciou-se uma corrida para essa região, após a riqueza do Império Inca, no Peru, ter sido feito famosa por Pascual de Andagoya. Na década de 1510, Juan Díaz de Solís tentou alcançar aquele império pelo estuário do Rio da Prata, mas sua tentativa foi fracassada.<br />
<br />
Na década seguinte, no ano de 1524, foi a vez de Aleixo Garcia, um português sobrevivente da expedição de Solís, tentar sua sorte. Seguindo a lenda do "Rei Branco", contada a ele por índios guaranis quando acompanhava Solís, Aleixo Garcia passou dez anos juntando homens e recursos para visitar o território. Foi, assim, o primeiro europeu a pisar em solo sul-matogrossense, o qual alcançou pelo Rio Paraguai, atingindo a região onde hoje está a cidade de Corumbá. Aleixo Garcia, no entanto, foi frustrado em alcançar o Império Inca, pois foi assassinado por índios em território paraguaio.<br />
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Foi Francisco Pizarro quem conquistou e destruiu o império dos Incas, o qual alcançou vindo do norte, e não pelo estuário do Prata, como Solís e Garcia haviam tentado. De qualquer maneira, aventureiros continuavam tentando fazer o percurso através do Rio Paraná.<br />
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Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala também estiveram na região de Corumbá, navegando pelo rio Paraguai, e denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva. Por entre 1542 e 1543, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, aventureiro espanhol, também por Corumbá passou para seguir para o Peru. Outro visitante foi o governador de Assunção, Domingos Martínez de Irala, que marchou até os Andes.<br />
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Tentativas de povoamento - a comunidade de Xerez e os jesuítas<br />
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Em 1579, foi fundada a comunidade de Xerez, nas proximidades dos rios Miranda e Aquidauana. Esse povoamento, no entanto, foi destruído pelos índios Guaicurus.<br />
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Na década de 1610 uma missão jesuítica já se expandia de Assunção, no Paraguai, ao sul de Mato Grosso, tendo aldeado as comunidades indígenas do Itatim em território sul-matogrossense. Apoiada pela Espanha e pela Igreja Católica, a intenção era assegurar o controle do vale do Rio Paraguai e articular as missões do Itatim com as de Mojos e Chiquitos, de modo a assegurar proteção ao altiplano das minas na atual Bolívia. Ao longo das décadas de 1630 e 1640, no entanto, estas missões foram brutalmente destruídas pelos bandeirantes,[2] tendo partido de Antônio Raposo Tavares, em novembro de 1648, o golpe final.<br />
<br />
Grande parte da região do atual Mato Grosso do Sul era conhecida pelo termo guarani Itatim (pedra branca). No local houve duas reduções jesuíticas ligadas ao Colégio Jesuítico de Assunção (1598) com a finalidade de converter e reduzir os índios itatines, falantes da língua Guarani. As reduções foram denominadas de Nossa Senhora da Fe e Santiago de Caaguaçu. A duração da missão do Itatim foi curta e estendeu-se entre 1631 e 1659, época em que os constantes ataques das expedições escravistas de paulistas, posteriormente chamadas de bandeiras, concentraram-se na região abaixo do rio Apa, para facilitar a defesa.[3]<br />
[editar] Brasil Colonial<br />
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Os bandeirantes e os primeiros povoamentos<br />
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De fato, a região sudoeste do atual estado de Mato Grosso do Sul por longos anos esteve sob a influência espanhola. Quanto ao restante do estado, desenvolvia-se muito lentamente, principalmente devido às dificuldades de comunicação com o restante do país, apesar de, desde 1617, a região leste sul-matogrossense ter recebido visitas de bandeirantes paulistas, e de em 8 de abril de 1719 ter sido criada Cuiabá. O sul matogrossense era uma área de difícil acesso, para não se dizer isolada, e suas cidades do período colonial foram se fundando lentamente.<br />
O Rio Miranda.<br />
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Na atual área de Coxim, nasceu em 1729, sob o nome de Belliago, alcunha de seu fundador, um povoado que servia de apoio às monções que iam de São Paulo ao norte de Mato Grosso. Anos mais tarde, visando a um tratado de limites existente, foi fundado pelos espanhóis, em 1774, um povoado na foz de Ipané, e em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a defesa da região.<br />
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Ainda na década de 1770, o Capitão João Leme do Prado, ao desbravar os rios Miranda e Aquidauana, encontrou as ruínas da antiga comunidade de Xerez. Seguindo ordens do Capitão Caetano Pinto de Miranda Montenegro, governador da então capitania de Mato Grosso, fundou lá, em 16 de julho de 1778, os alicerces do Presídio Nossa Senhora do Carmo do Mondego, mais tarde conhecido por Presídio de Miranda. Miranda, o povoado que nasceu aos pés da fortificação e que levava o nome de Presídio, no entanto, era de difícil acesso por serem precários os meios de navegação pelo Rio Mondego (hoje Rio Miranda), e somente os fundadores do local lá permaneciam.<br />
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Em 1778, efetuou-se a ocupação da área onde hoje se localiza Corumbá. Em 21 de setembro desse mesmo ano, a mando do governador da capitania de Mato Grosso, o capitão-general Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, o Sargento-mor Marcelino Rois Camponês, que comandava uma expedição militar, adquiriu a posse da região para a Coroa Portuguesa, fundando o local e batizando-o com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, sendo então lavrado o termo de fundação.<br />
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O Vice-reinado do rio da Prata e o Paraguai<br />
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A história colonial sul-matogrossense, entretanto, permanecia muito ligada à busca pela prata no Peru. Com a destruição do Império Inca e o sucesso da exploração da prata em território peruano através do porto de Lima, a região do Rio da Prata do império espanhol encontrava-se decadente e suscetível aos portugueses. Uma vez que estes se expandiam ao Uruguai, em abril de 1776 o rei Carlos III de Espanha ordenou que o governador do Rio da Prata, Pedro Antônio de Cevallos, pensasse em uma maneira de desenvolver a região de Buenos Aires. A resposta foi a tomada da Colônia do Sacramento dos portugueses e a criação do Vice-reinado do rio da Prata, que continha praticamente os territórios dos atuais países da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, além de uma parte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />
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Com as guerras napoleônicas, no entanto, e o ataque inglês a Buenos Aires, no início da década de 1810, o vice-reinado do Rio da Prata se desfez. O sudoeste sul-matogrossense, por sua vez, passou a fazer parte do Paraguai, que declarou sua independência da Espanha em 15 de maio de 1811.<br />
[editar] Brasil Império: povoamento e disputas de território<br />
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A frente colonizadora da família Garcia Leal no Bolsão Sul-Mato-Grossense<br />
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No ano de 1829, uma expedição enviada por João da Silva Machado, Barão de Antonina, e chefiada pelo sertanista Joaquim Francisco Lopes, visando a expansão dos campos de pecuária do vale doRio São Francisco, atravessou o Rio Paraná e fez contato com os índios Ofaiés, que eram dóceis, à altura da atual Três Lagoas. Também faziam parte dessa entrada Januário Garcia Leal Sobrinho, seus irmãos e outros sertanistas. Januário Garcia Leal Sobrinho e sua família permaneceram, aproveitando a oportunidade, no leste sul-matogrossense, fundando o Arraial de Sete Fogos, que mais tarde se tornaria Paranaíba.<br />
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Os irmãos Lopes e a ocupação dos Campos de Vacaria<br />
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Quanto à família Lopes, dos irmãos Joaquim Francisco e José Francisco Lopes, adentrou com outros colonizadores o sul de Mato Grosso. Iniciou-se, assim, em 1830, o povoamento de fato das terras que hoje constituem o atual Mato Grosso do Sul, dando um novo impulso a antigas povoações como Miranda, Corumbá e ao Arraial de Belliago, que se tornou Coxim. Data dessa época, também, o primeiro movimento migratório para a região da colônia de Dourados - Rio Brilhante, nos "Campos de Vacaria", seria inicialmente ocupada em 1835 por Antônio Gonçalves Barbosa.<br />
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Desentendimentos quanto ao território<br />
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Estando o Governo Central ciente da situação de fluidez das fronteiras do sul matogrossense, em 1839 o Almirante Augusto Leverger, Cônsul-Geral do Brasil, foi nomeado com o intuito de estabelecer boas relações com o Paraguai. Esse cargo, Leverger só o aceitou em 1843, e já no ano seguinte os dois países iniciaram conversações sobre a navegação do Rio Paraguai. Essa tentativa, no entanto, fracassou, uma vez que o Brasil não revelou em tempo sua visão sobre os limites fronteiriços. A partir de então, Bolívia e Paraguai passaram a reivindicar as terras ocupadas por brasileiros, e medidas foram tomadas por parte do Governo Central brasileiro a fim de evitar qualquer movimentação que viesse a ameaçar o território do país.<br />
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Em 1850, aconteceu a solenidade de fundação do forte no sopé do morro chamado Pão de Açúcar. Ainda nesse ano, Carlos Antonio López, governante paraguaio, cercou essa construção e abriu fogo contra ela, obrigando os soldados a se retirarem. Os índios guaicurus, que viviam nas proximidades e eram inimigos dos paraguaios, tentaram socorrer os brasileiros, porém tudo já havia sido destruído. Revoltados, os guaicurus então subiram o Rio Paraguai e atacaram o Forte Olimpo.<br />
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Em 6 de abril de 1856, Brasil e Paraguai puseram termo aos desentendimentos, dilatando a questão por dois anos. Em 1858, a missão Rio Branco, de José Maria da Silva Paranhos, Visconde Rio Branco, foi a Assunção firmar uma convenção que liberava a navegação dos rios Paraguai e Paraná para os navios de guerra do Paraguai e do Brasil. Nessa ocasião, porém, a questão dos limites foi adiada. Estas seriam as últimas negociações entre os dois países, pois seis anos depois Francisco Solano López, ditador paraguaio, executaria a invasão das terras disputadas.<br />
[editar] A Guerra do Paraguai<br />
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Ver artigo principal: Guerra do Paraguai<br />
Precedentes<br />
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A situação na Bacia Platina, que ditaria os rumos no sul matogrossense, agravar-se-ia ainda mais devido a acontecimentos no Rio Grande do Sul e Uruguai. A então província do Rio Grande do Sul permanecia instável desde o fim da Revolução Farroupilha, uma vez que esta terminara por negociação política e não por uma derrota armada infligida pelo Governo Imperial aos revoltosos. Simultaneamente, o Uruguai encontrava-se em guerra civil, os blancos do partido do então presidente Atanásio da Cruz Aguirre tentando sufocar a oposição dos colorados, partido de Venâncio Flores. Com o agravamento dos conflitos no Uruguai, tornaram-se comuns perseguições e saques que atravessavam a fronteira ao território brasileiro, uma vez que eram numerosas as famílias de origens brasileiras naquele país. Após o ultimato feito pelo Governo Imperial ao presidente Aguirre para que ele consertasse a situação, ultimato este que não foi aceito, Dom Pedro II, a pedido de Venâncio Flores, enviou o Exército Brasileiro para estabilizar aquele país. Em pouco mais de nove meses, a operação das tropas imperiais brasileiras pacificou o Uruguai e depôs Atanásio da Cruz Aguirre, em episódio que levou o nome de Guerra contra Aguirre.<br />
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Ofensas paraguaias e invasão do território do sul matogrossense – a guerra<br />
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O ditador paraguaio Solano López, no entanto, utilizou a intervenção no Uruguai como motivação para o seqüestro do navio brasileiro Marquês de Olinda e a captura do presidente da província de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos. Pouco mais de um mês depois, as tropas paraguaias invadiram o território do sul matogrossense, antes mesmo de uma declaração formal de guerra ao Brasil. Na verdade, Solano López e suas tropas tinham em mente uma política expansionista, e pretendiam criar o "Paraguai Maior", anexando regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil, como Rio Grande do Sul e Mato Grosso, e ganhar acesso ao Oceano Atlântico, fator tido como imprescindível para a continuação do progresso econômico do Paraguai. Prova disto é o fato de que, em fins do ano de 1863, um estrategista de alto gabarito paraguaio, disfarçado de fazendeiro, havia sido enviado a Corumbá com grande interesse em conhecer os campos do sul e suas fazendas de gado.<br />
<br />
Assim, em dezembro de 1864, o sul de Mato Grosso, na colônia de Dourados, foi invadido pelo próprio espião Isidoro Resquim, que desta vez possuía uma numerosa guarnição consigo. Foi de Requim, conhecedor do valor das tropas brasileiras desde seus trabalhos de espionagem, a seguinte frase: "Si todos los brasileiros son valientes así, mía no és un simples paseo militar". De fato, havia uma guarnição de soldados sob o comando do herói Antônio João Ribeiro à espera das tropas invasoras. Os brasileiros lutaram até o último soldado ter perdido a vida, só então tendo sido possível às tropas paraguaias avançarem.<br />
<br />
Durante a guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se uniu à Argentina e ao Uruguai para combater o Paraguai, o sul matogrossense foi palco de alguns de seus mais dramáticos episódios.<br />
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Após ter sido aprisionada no Rio Paraguai a Canhoneira Amambaí, pertencente à Marinha do Brasil, e uma vez declarada a guerra, após a invasão do sul matogrossense pelo exército paraguaio, o Governo Imperial brasileiro enviou um contingente militar terrestre para combater os invasores em Mato Grosso. Em abril de 1865, uma coluna partiu do Rio de Janeiro e se juntou a reforços em Uberaba, percorrendo mais de dois mil quilômetros a pé até alcançar Coxim. Essa cidade, no entanto, encontrava-se deserta e saqueada, o mesmo tendo ocorrido em Miranda e em outros povoamentos do sul matogrossense. Suas populações, ou haviam fugido, ou sido mortas, ou levadas reféns para o Paraguai, onde executaram trabalhos forçados.<br />
<br />
Enfrentando adversidades, a exaustão e a falta de alimentos, que não encontravam nas cidades abandonadas, as tropas do Exército do Brasil somente resistiram graças às doações feitas por José Francisco Lopes do gado de sua própria família para alimentá-los, já nos limites do território brasileiro. José Francisco Lopes, que tivera a família seqüestrada pelos paraguaios, fizera-se voluntário e guiava as tropas brasileiras, graças ao seu conhecimento do território. Mesmo com sua ajuda, no entanto, era grande a perda de brasileiros. Dos 2.780 homens que originalmente faziam parte daquele destacamento, em janeiro de 1867, quando alcançaram a fronteira paraguaia, restavam somente 1.680.<br />
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Retirada da Laguna<br />
Ver artigo principal: Retirada da Laguna<br />
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Nesse mesmo mês, o coronel Carlos de Morais Camisão assumiu o comando da coluna e invadiu o território paraguaio. Os brasileiros conseguiram penetrar até Laguna, atual município de Bela Vista, a qual alcançaram em abril. Longes das linhas brasileiras e sem víveres para o sustento das tropas, afligida por doenças como cólera, tifo e beribéri, a coluna do Exército brasileiro teve de se retirar sob os constantes ataques da cavalaria paraguaia, que utilizavam táticas de guerrilha à moda indígena, infligindo perdas severas aos brasileiros. Nessa retirada, no entanto, a atuação do Guia Lopes foi vital para impedir um total massacre dos brasileiros. Mostrou os caminhos aos soldados brasileiros por terras sul-matogrossenses e despistou o inimigo em um terreno difícil. Entre os brasileiros se encontrava o Visconde de Taunay, que mais tarde escreveria um livro sobre o assunto. Somente 700 homens sobreviveram, mas sem o Guia Lopes poderiam ter morrido muitos mais.<br />
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Fim da guerra<br />
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Após a Batalha Naval do Riachuelo e a rendição de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, no entanto, os confrontos se dariam em solo paraguaio. Pode-se dizer que o último ano da guerra não passou de uma caça ao ex-ditador paraguaio Francisco Solano López em seu próprio país, estando as tropas aliadas sob o comando do Conde d'Eu.<br />
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Quando terminou a Guerra do Paraguai em 1 de março de 1870, o sul matogrossense se encontrava chacoalhado pela convulsão social. O processo de povoamento, que começava a se acelerar na primeira metade do século XIX, havia em muitos locais cessado. No centro, oeste e sul do atual estado de Mato Grosso do Sul, encontravam-se propriedades e povoados abandonados ou destruídos, estando as populações dispersas e abatidas pela fome, miséria e doenças.<br />
[editar] Constrastes de colonização no pós-guerra<br />
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Constância da frente colonizadora dos Garcia Leal no leste sul-matogrossense<br />
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A única região em que a vida continuou a um passo regular foi a região leste e nordeste do estado, onde a frente colonizadora da família Garcia Leal e seus agregados aos poucos se expandia ao sul da cidade de Paranaíba para na década de 1880 colonizar o município de Três Lagoas.<br />
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Ao contrário do que aconteceu no restante das terras sul-matogrossenses, as propriedades desta região nunca se encontraram devolutas ou improdutivas devido à guerra. Foi por esse motivo que, estando essas terras ocupadas, as próximas frentes colonizadoras a adentrar o sul matogrossense não se demoraram nesta área, muito embora fosse muito atraente do ponto de vista econômico.<br />
<br />
Durante a Retirada da Laguna, por exemplo, o próprio Visconde de Taunay demorou-se na vila de Paranaíba, onde encontrou em Jacinta Garcia Leal inspiração para escrever seu livro Inocência. É necessário lembrar, no entanto, que mesmo esta pacata vila sofreu com os males do conflito no Paraguai, entre eles doenças como a lepra, que infestaram a região e com a qual a própria Jacinta Garcia Leal encontrava-se contaminada.<br />
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Reocupação do centro, oeste e sul de Mato Grosso do Sul<br />
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Uma vez terminada a Guerra do Paraguai, aqueles soldados que no sul matogrossense haviam estado passaram a relatar, ao retornarem a suas províncias de origem, as gigantescas terras devolutas de vacarias existentes em Mato Grosso. Iniciou-se, assim, um massivo processo de migração regional para a área, com povoadores sobretudo oriundos de províncias como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia.<br />
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Datam deste período a ocupação, por exemplo, de municípios como Campo Grande e Sidrolândia, assim como a reocupação da área de Dourados. Nessas localidades, estabeleceram-se extensas fazendas de pecuária que faziam uso do pasto nativo existente na região. O próprio nome "Campo Grande", por exemplo, alude aos largos campos de vacaria, ou seja, pradarias, com vegetação gramínea ideal para a criação de gado. Nessa área estabeleceu-se José Antônio Pereira com seu filho Antônio Luiz, os escravos João Ribeira e Manoel e o sertanista Luiz Pinto Guimarães. Vindos por Goiás, passaram pelo atual município de Costa Rica, próximo à frente colonizadora dos Garica Leal, e adentraram o sul matogrossense até sua área central, na confluência dos córregos Segredo e Prosa.<br />
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Assim, em meio à falta de perspectiva que abatia o sul matogrossense, criavam-se oportunidades para guinadas nos rumos, especialmente devido à presença de terras férteis em grande quantidade e às possibilidades de atividades extrativas. O crescente comércio internacional foi fator predominante para a reocupação da fronteira oeste brasileira, feita possível pelos dois primeiros ciclos econômicos sul-matogrossenses: o ciclo da erva-mate e o ciclo do gado.<br />
[editar] A Erva Matte<br />
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No ano de 1872, a uma comissão mista formada por brasileiros e paraguaios coube re-desenhar os limites entre os dois países, tarefa que nunca havia sido completada anteriormente à guerra. Nesse processo de remarcação de fronteiras esteve presente Thomás Larangeira, que acompanhava um envolvido nas negociações que era seu patrão. Assim, foi possível a Thomás Larangeira conhecer bem a área de fronteira, onde, em meio a terras indígenas e devolutas, encontrou extensos ervais nativos de Ilex paraguariensis, a erva-mate.<br />
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Concessão para atividades extrativas em terras devolutas – o início<br />
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Quando do final dos trabalhos de demarcação, no ano de 1874, Thomás Larangeira trouxe do Rio Grande do Sul especialistas em erva-mate para que pudesse dar início aos trabalhos nos ervais, tendo contratado, também, mão-de-obra paraguaia. Dez anos mais tarde, por intermédio do Barão de Maracaju, recebeu a concessão para explorar legalmente aquelas terras, que até então encontravam-se devolutas. A autorização deu-se pelo Decreto nº 8,799 do Governo Imperial, datando de 9 de setembro de 1884 e assinado por Dom Pedro II. Dada a facilidade em se encontrar mercados consumidores, principalmente o Uruguai e a Argentina, e a inexistência de grandes dispêndios na lida da erva-mate, o negócio mostrou-se, desde o começo, muito lucrativo.<br />
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O império da Matte Larangeira durante a República Velha<br />
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No ano de 1892, por fim, Thomás Larangeira associou-se aos Murtinho, uma família tradicional de políticos do sul de Mato Grosso, e criou a Companhia Matte Larangeira. Também passaram a utilizar o Porto Murtinho, criado por Antônio Correia às margens do rio Paraguai, para despachar o mate para a Argentina. O transporte da erva, colhido de maneira puramente extrativa, exigia oitocentas carretas e vinte mil bois, e, de forma a levar o produto até o porto, a Companhia Matte Larangeira construiu um aterro ferroviário de 22 km, uma vez que o velho interesses - a oligarquia do sul sul-matogrossense e a aversão à Matte Larangeira e ao governo do norte. Devido a sua associação com importantes famílias políticas de Mato Grosso, Thomás Larangeira e sua companhia sempre tiveram privilégios na exploração dos ervais sul-matogrossenses, a começar pelo fato de que trabalhavam de maneira privada em terras que não lhes pertenciam. Também obtinham isenções fiscais. Com o povoamento do sul do território do atual Mato Grosso do Sul, no entanto, tensões logo começaram a surgir, uma vez que o interesse nas terras exploradas pela Matte Larangeira aumentou significativamente. Os coronéis da região sul do atual Mato Grosso do Sul passaram a desejar, já durante a República Velha, o reconhecimento de posse da terra ocupada por eles nas vizinhanças dos ervais, terras por um motivo ou outro não exploradas pela Companhia Matte Larangeira, que, no entanto, continuava a ter licença de exploração sobre elas. Em oposição às regalias dadas à companhia pelo governo estadual, que nunca daria a eles posse de terra enquanto a Matte Larangeira ali existisse, os coronéis do sul sul-matogrossense uniram-se, desta forma, à oligarquia do norte do estado, que rivalizava à Matte Larangeira por ter interesse em seus ervais.<br />
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Nascimento do sentimento divisionista<br />
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Neste complexo conflito de interesses iniciaram-se, por fim, as idéias divisionistas no sul matogrossense. Os coronéis do sul de Mato Grosso do Sul passaram, a partir da formação da aliança com a oligarquia do norte, a fazer oposição armada ao governo estadual e à Matte Larangeira.[4]<br />
[editar] O advento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil<br />
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O eixo Campo Grande – Três Lagoas, a aproximação com São Paulo e o distanciamento do norte<br />
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Nas primeiras décadas do século XX, com o advento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, considerada um sinônimo de desbravamento da região oeste brasileira, foi notável o aumento da proximidade do sul matogrossense com o estado de São Paulo. De fato, conquanto agora estivesse ligado por vias férrea, rodoviária e fluvial à capital paulista, o sul de Mato Grosso somente se ligava à capital mato-grossense, Cuiabá, através de uma estrada precária.<br />
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Dessa maneira, com o estabelecimento das viagens de trem entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, o aumento no número de migrantes dinamizou a economia sul-matogrossense, vinculando-a à paulista e permitindo a expansão de cidades cuja atividade principal era a pecuária, como Três Lagoas e Campo Grande. Simultaneamente, embora continuasse a estar ligada aos principais centros comerciais da Bacia do Prata, em especial Buenos Aires e Montevidéu, através do rio Paraguai, Corumbá, que na década de 1930 possuía vinte e cinco bancos internacionais e a libra esterlina como moeda corrente, começou a ver sua economia decair. Isso se deveu ao fato de que a N.O.B transferiu o eixo econônico do Rio Paraguai, Corumbá e Cuiabá para Campo Grande, Três Lagoas e o leste do estado.<br />
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O crescimento demográfico - popularização, militarização e fortalecimento do movimento divisionista<br />
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Entre outros benefícios trazidos pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil estavam o crescimento populacional da região sul matogrossense, a urbanização dessa população e, a somar-se a essas positivas mudanças sócio econômicas, a transferência, em 1920, do comando da Circunscrição Militar estadual de Cuiabá para Campo Grande. Dado o subseqüente aumento do contingente militar no sul, as oligarquias sul-matogrossenses, insatisfeitas com a aliança anterior com a oligarquia do norte, de que haviam participado para alcançar seus fins divisionistas, aliaram-se aos militares, submetendo-se, desta maneira, à influência paulista de forma a fortalecer suas causas de divisão estadual. Ao mesmo tempo, juntavam-se a este movimento as novas lideranças dos profissionais urbanos. A causa, assim, expandia-se para além dos ervais.<br />
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A Revolução Constitucionalista de 1932 – o estado de Maracaju<br />
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A partir da década de 1930, as forças políticas divisionistas do sul, de maneira mais organizada, passaram a realizar pressões junto ao Governo Federal. Quando da Revolução Constitucionalista de 1932, a região sul matogrossense aderiu ao movimento sob a condição de que, em caso de vitória dos revoltosos, obteria a separação do norte. Os militares rebelados, sob o comando de Bertoldo Klinger, comandante da Circunscrição Militar de Mato Grosso, que funcionava em Campo Grande, instalaram no sul matogrossense um governo dissidente sob Vespasiano Martins, então prefeito de Campo Grande. Após três meses de luta, em que o sul do estado de Mato Grosso autodenominou-se "estado de Maracaju", os divisionistas (constitucionalistas) foram derrotados, não se cumprindo, assim, a promessa de divisão. Esta revolução, no entanto, divulgou o movimento divisionista, tendo Campo Grande se tornado o centro político do mesmo com cidades como Três Lagoas e o Bolsão Sul-Matogrossense apoiando-o.<br />
[editar] A Marcha para o Oeste<br />
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A Liga Sul-Matogrossense e o frustrado abaixo-assinado divisionista<br />
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Dois anos após o fim da Revolução Constitucionalista, jovens estudantes do sul matogrossense aproveitaram a oportunidade da elaboração da Constituição brasileira de 1934 para fundar a Liga Sul-Matogrossense e conquistar, através de um abaixo-assinado, o apoio dos sul-matogrossenses para um manifesto que seria encaminhado ao presidente do Congresso Nacional Constituinte visando sensibilizar os constituintes de forma a que eles, na elaboração da Constituição, aprovassem a divisão do Estado de Mato Grosso. Sem que fosse parte de suas ambições iniciais, a Liga Sul-Matogrossense acabou por acender a campanha divisionista no sul matogrossense, uma vez que coletou o surpreendente número de treze mil assinaturas a favor de sua causa. Apesar disso, o abaixo-assinado não surtiu efeito na Constituinte, não havendo a divisão do estado. Em vez disso, Getúlio Vargas, preocupado com a ordem na região fronteiriça, nove anos mais tarde criaria o Território de Ponta Porã e aumentaria significativamente o contingente de militares no sul matogrossense, além de criar o nacionalista projeto "Marcha para o Oeste".<br />
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Brasil Central - o vazio populacional e as companhias de colonização<br />
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Até a segunda metade do século XX, o Brasil Central continuava a ser uma área desconhecida para a maior parte dos brasileiros, carregando ares mitológicos devido a seu território pouco desbravado e hostil. No censo de 1940, por exemplo, o sul matogrossense contava com somente 238.640 habitantes. Esse que era considerado um vazio populacional no Mato Grosso do Sul passou, a partir de então, a servir de atrativo para empresas colonizadoras entusiasmadas com o sucesso de suas similares empreitadas nos estados de São Paulo e Paraná – neste último, por exemplo, a Companhia de Terras Norte do Paraná foi responsável, nas décadas de 1920 e 1930, por toda a colonização de sua região oeste, compreendendo hoje municípos como Londrina e Maringá, através de um sistema de pequenos loteamentos rurais para imigrantes que escapavam das dificuldades econômicas e conflitos da Primeira e Segunda guerras mundiais.<br />
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Cidades nos moldes fordianos<br />
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Como no oeste do Paraná, em Mato Grosso do Sul, onde a terra era farta e, então, barata, essas companhias desenvolveram colônias que variavam de 20 a 30 hectares e que possuíam comunicação a maiores centros por estradas. Influenciado pelos empresários que se sucederam nesse tipo de empreendimentos, Jan Antonin Bata, imigrante tcheco e proprietário da Companhia Viação São Paulo/Mato Grosso, comprou 6.000 km² na área dos atuais municípios de Batayporã, Bataguassu e Anaurilândia. Além de empreendedor, no entanto, Jan Antonin Bata se diferenciava das empresas de colonização por ter sido fortemente influenciado pelos pensamentos de Henry Ford e suas experiências com sitiantes-operários, que visavam desenvolver um operariado mixto industrial-agrário. Assim, era a intenção de Jan Antonin Bata criar sociedades comunais em área rurais, onde parte das famílias dos operários de suas fábricas de calçados se dedicaria à agro-pecuária em pequenas propriedades, juntando-se a eles os próprios funcionários das fábricas no final de cada dia para ajudar no trabalho agrícola. Já havia iniciado similar tentativa no município de Batatuba em São Paulo no ano de 1941, mas o preço da terra naquele local lhe foi proibitivo. Sendo assim, em 1942 fundou outro município, desta vez em terras sul-matogrossenses: Bataguassu. O sudeste e o leste sul-matogrossenses seriam, aliás, ideais para tais experimentos, uma vez que na década de 1950 Arthur Hoffig fundaria o município de Brasilândia seguindo os mesmos preceitos fordianos do "rei dos calçados". Anos depois, seguiria Batayporã, do próprio Bata, na mesma região.<br />
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O governo Getúlio Vargas, o "espaço vital" e a Marcha para o Oeste<br />
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O grande crescimento populacional em Mato Grosso do Sul adveio, no entanto, de campanha do próprio Governo Getúlio Vargas, uma vez que os modelos de cidade de Bata e Hoffig se baseavam em populações pequenas de torno de dez mil pessoas.<br />
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Ao mesmo tempo em que se iniciam os empreendimentos de Bata, na década de 1940, uma vez que um dos motivos teóricos da Segunda Guerra Mundial havia sido a questão do "espaço vital", o governo Getúlio Vargas ordenou a criação de seis territórios no Brasil – cinco deles na região oeste do mesmo-, que seriam administradas diretamente pelo Governo Federal. Assim, em 13 de setembro de 1943 foi criado o Território de Ponta Porã, abrangendo os municípios de Dourados, Porto Murtinho, Miranda, Nioaque, Bela Vista, Maracaju e Bonito, sendo Ponta Porã sua capital. Seu governador durante os três anos de existência foi o militar Ramiro Noronha – o território seria extinto em 18 de setembro de 1946 pela Constituição de 1946. É importante ressaltar, no entanto, que Campo Grande, a cidade da qual emanava o movimento divisionista, foi mantida de fora desse território. Além disso, Vargas decidiu povoar as áreas de menor densidade populacional do Brasil, nomeadamente o Oeste do país, através de um projeto denominado "Marcha para o Oeste".<br />
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Associação com as companhias colonizadoras<br />
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Tal projeto visava ocupar o oeste do Brasil através do assentamento de colonos que se dedicariam à agricultura – mormente de subsistência -, portanto ocupando os "espaços vazios" do Brasil Central. Assim "expandindo o Brasil dentro de suas próprias fronteiras",[5] o Governo Federal logo passou a fazer uso de empresas colonizadoras particulares – as mesmas que quase que simultaneamente já passavam a se interessar pelo sul matogrossense após o sucesso no Paraná desse modelo colonizador. Devido à xenofobia do Governo Vargas, no entanto, diferentemente do que havia ocorrido no oeste paranaense, desta vez os colonos não eram europeus em sua maioria, mas, sim, sulistas – mais especificamente gaúchos -, que após três anos de trabalho na terra receberiam sua posse definitiva. Foi nesses moldes que em 1943 foi criada a Colônia de Dourados, localizada no atual Estado de Mato Grosso do Sul. Nessa colônia, que também atraiu levas de imigrantes que já se encontravam em outras áreas do Brasil, como os japoneses, além de brasileiros de estados outros que o Rio Grande do Sul, produzia-se principalmente o café. Mais tarde, desse projeto se originaram Fátima do Sul, Glória de Dourados, Deodápolis, Douradina, Jateí e Itaporã.<br />
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Uma cajadada - o sufocamento do movimento divisionista e o afastamento da Companhia Matte Larangeira<br />
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Dentre os resultados do projeto "Marcha para o Oeste" esteve o apaziguamento dos divisionistas e seu envolvimento na política do Governo Vargas. Entre outras coisas, Vargas conseguiu com que a Companhia Matte Larangeira se resignasse a esta sua versão da reforma agrária, tendo esta companhia regularizado as posses de terras dos ocupantes dos ervais em troca de ser indenizada pelos arrendamentos. A verdade é que os ervais já se encontravam devastados e nem o Instituto Brasileiro do Mate, também criado por Vargas, atendeu às necessidades da Mate Laranjeira, não permitindo à companhia grandes lucros - ela aos poucos se desinteressava do estado. Ao mesmo tempo a separação do Território de Ponta Porã foi um balde de água fria tanto ao movimento divisionista quanto à própria Companhia Mate Laranjeira, além de ter deixado insatisfeito o governo estadual de Mato Grosso.<br />
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Apesar de tudo isso, essa época foi de grande crescimento econômico ao sul de Mato Grosso, gerando impostos que ainda assim não eram suficientes para equilibrar as contas estaduais. Além da especulação imobiliária, uma vez que migrantes mal sucedidos vendiam suas terras a outros bem sucedidos, que aos poucos formavam latifúndios, outro resultado da Marcha para o Oeste foi a série de massacres a povos indígenas no sul matogrossense. A despeito do extermínio em massa de populações ameríndias, no entanto, a população do sul matogrossense mais que duplicou entre o censo de 1940 e o de 1960, contando 579.652 naquele ano. Formaram-se novas oligarquias, ao mesmo tempo que a falta de cuidados na lida com os ervais levou à devastação dos mesmos, desviando o foco da Companhia Mate Laranjeira para a Argentina.<br />
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Ciclo do Gado<br />
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Há correntes teóricas que afirmam, no entanto, que no estado de Mato Grosso do Sul nunca houve um fim ao Ciclo do Gado, sendo o Ciclo da Erva-Mate um aspecto momentâneo e localizado da economia, portanto, um ciclo menor quando comparado ao outro, que já duraria duzentos anos.<br />
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O Ciclo do Gado teve início quando, no final do século XVIII, o fim do Ciclo do Ouro levou a uma crise econômica nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Segundo relatos em primeira pessoa daqueles que estiveram presentes nessas províncias na primeira década do século XIX, a situação era de convulsão social e de pobreza absoluta em cidades quase fantasmas.[6] Ainda nas primeiras décadas do século XIX, entretanto, Minas Gerais conseguiu expandir o terceiro setor de sua economia, ampliando suas trocas comerciais com províncias como o Rio de Janeiro, e extraindo novos metais de seu quadrilátero ferrífero. Já os estados de Goiás e Mato Grosso não foram capazes de expandir outros setores de sua economia, tendo havido um processo de ruralização. Passaram a fornecer, desta maneira, gado para a província de São Paulo através do intermédio da província de Minas Gerais.[7]<br />
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Mesmo quanto à ocupação do leste sul-matogrossense pelos Garcia Leal e seus agregados e do centro sul-matogrossense pelos Lopes, a expansão dos currais de gado foi um fator determinante.[8] De fato, a região sofreu com a Guerra do Paraguai, sobretudo devido a doenças. Mas, vale lembrar que o leste sul-matogrossense foi a única área do atual estado que nunca foi abandonada durante a guerra.[9][10] Assim, rapidamente recuperada após o conflito, essa frente colonizadora logo se expandiu ao sul, oeste e norte. Foi com a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil pela cidade de Três Lagoas, no início do século XX, que o Ciclo do Gado retomou significação financeira local e nacional.<br />
[editar] A Divisão<br />
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Já na década de 1950, era inquestionável o aumento da importância do leste do estado, uma vez que o Bolsão Sul-Matogrossense já começava a exercer influência política ao nível estadual, tanto no norte, quanto no sul. Essas demonstrações de poder que se iniciaram com a candidatura de Filadelfo Garcia à Câmara dos Deputados do Brasil se confirmaram com a eleição de Pedro Pedrossian ao governo de Mato Grosso em 1965.<br />
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O governo federal com base na lei complementar nº 20, estabeleceu, em 1974, a legislação básica do período da ditadura militar para a criação dos estados e territórios brasileiros, reascendendo, assim, a campanha pela autonomia do sul matogrossense.<br />
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De fato, em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei Complementar 31, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul, em área desmembrada do estado de Mato Grosso. Já em 1 de janeiro de 1979, tomaram posse os deputados eleitos, em 15 de novembro de 1978, para a Assembléia Legislativa e Constituinte de Mato Grosso do Sul, conforme previsto na LC 31. O primeiro governador, o engenheiro gaúcho Harry Amorim Costa, servidor público do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), autarquia federal hoje extinta, foi nomeado pelo presidente Geisel, de acordo com a mesma Lei Complementar.<br />
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Atualmente<br />
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Na década de 1980 o governo estadual procurou voltar-se para os problemas sociais, a educação e a saúde. Foi instalada a primeira companhia da Polícia Florestal, incumbida de reduzir as ações predatórias no Pantanal, área depredada por empresas pesqueiras e por caçadores. Implantou-se também o Grupo de Operações de Fronteira (GOF) para reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e a caça ilegal de animais silvestres nos 400 km de fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. No ano de 1982 houve as primeiras eleições diretas do estado. Em 1986, a estrada que liga Campo Grande á Corumbá foi finalmente asfaltada.<br />
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A par do desenvolvimento do turismo ecológico, propiciado pelo pantanal, na década de 1990 cresceram as perspectivas de desenvolvimento econômico, sobretudo com a decisão de se concluir as obras da Ferronorte, que permitirá o transporte ferroviário da produção agrícola para o porto de Santos, no estado de São Paulo. Em 1993 foi criada a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e em 1997 foi privatizada a Empresa Energética do Estado de Mato Grosso do Sul. Em 1998 é eleito governador Zeca do PT e em 2002 Zeca do PT é é o primeiro governador reeleito da história de Mato Grosso do Sul. Em 2005 é aprovada a criação da segunda universidade federal no estado, a Universidade Federal da Grande Dourados.<br />
[editar] Fortificações<br />
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Ver artigos principais: Fortificações de Corumbá e Fortificações de Ladário.<br />
<br />
Relação das fortificações do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul.<br />
<br />
* Colônia militar de Dourados<br />
* Colônia militar de Miranda<br />
* Forte de Bela Vista<br />
* Forte de Miranda<br />
* Forte de Nossa Senhora do Carmo de Coimbra<br />
* Forte de Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi<br />
* Forte Novo de Coimbra<br />
<br />
[editar] Ver também<br />
<br />
* Baianinhos<br />
* Estado de Maracaju<br />
* Território de Ponta Porã<br />
* Lista de governadores de Mato Grosso do Sul<br />
* Lista de fortificações de Mato Grosso do Sul<br />
<br />
Referências<br />
<br />
1. ↑ Título ainda não informado (favor adicionar).<br />
2. ↑ Mongabay.com – Country Studies<br />
3. ↑ SOUSA, Neimar Machado de. A Redução de Nuestra Senhora de la Fe no Itatim: entre a cruz e a espada. Campo Grande: UCDB, 2002.<br />
4. ↑ WEINGÄRTNER, Alisolete Antonia dos Santos. Mato Grosso do Sul, uma trajetória divisionista.<br />
5. ↑ BATISTA, MARTINS JÚNIOR, ZILIANI. Resgate e construção da memória e da história da colonização do sudeste de Mato Grosso do Sul, s.d.<br />
6. ↑ SOUSA MIRANDA, Marcos Paulo de. Jurisdição dos Capitães. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.<br />
7. ↑ Jornal Opção. Brasil: 181 anos de (in)dependência.<br />
8. ↑ SÁ CARVALHO, José Ribeiro de. Como era lindo o meu sertão. Narrativas do povoamento do sertão dos Garcias, no sul de Mato Grosso, s.d.<br />
9. ↑ TAUNAY, Visconde de. Reminiscências. 1908.<br />
10. ↑ TAUNAY, Visconde de. Inocência. 1872.<br />
<br />
[editar] Ligações externas<br />
<br />
* Em 1977 nascia o Mato Grosso do Sul<br />
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Mato_Grosso_do_SuRosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-22632323952306013402011-09-19T16:12:00.001-04:002011-10-28T23:53:31.036-03:00Cursos oferecidos PelasUniversidades Pública de Mato Grosso do SulAtualmente a UFMS conta com os seguintes campus e centros de ensinos:<br />
- Centro de Ciências Biológicas e da Saúde: os cursos oferecidos são Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Zootecnia;<br />
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- Centro de Ciências Humanas e Sociais: seus cursos são Administração, Artes Visuais, Ciências Econômicas e Sociais, Jornalismo, Direito, Educação Física, História, Letras, Música e Pedagogia;<br />
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- Campus de Chapadão do Sul: Agronomia;<br />
- Campus de Coxim: História, Letras e Sistema de Informação;<br />
- Campus de Nova Andradina: Geografia e História;<br />
- Campus de Paranaíba: Administração, Matemática e Psicologia;<br />
- Campus de Três Lagoas: Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia;<br />
- Campus do Pantanal: Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Direito, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia e Psicologia.<br />
A UFMS abrange uma extensa área educacional, seus campus resultam num raio de mais de 500 Km e cerca de 100 municípios. Sua participação na fronteira ainda gera o convênio de alunos com outros países (Paraguai e Bolívia).<br />
<br />
Fontes<br />
http://www.ufms.brRosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-6743676040749867282011-07-21T16:31:00.000-04:002011-07-21T16:31:06.163-04:00Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Do outro lado do céu 1/2<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/mD6MMfSf-GA?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-63222424988853449402011-07-21T16:30:00.000-04:002012-11-05T14:30:59.502-03:00 Índios no Brasil: Pluralidade Cultural - Do outro lado do céu 2/2<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-4703558833464466102011-07-21T16:28:00.000-04:002011-07-21T16:28:25.717-04:00Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Do outro lado do céu 1/2<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/mD6MMfSf-GA?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816120425268590594.post-24340917032195595152011-07-21T16:25:00.000-04:002011-07-21T16:25:49.539-04:00Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Quando Deus visita a aldeia 2/2<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/QPFkASI5ZD0?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Rosely fialho de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/14362374442042766495noreply@blogger.com0