Após maior terremoto do Japão, tsunami devasta parte do nordeste do país; mortos passam de 300

O terremoto de 8,8 pontos na Escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira (11), segundo a Agência de Gerenciamento de Desastres e Incêndio, é considerado um dos maiores da história do país.
Pelo menos 337 pessoas morreram e 531 estão desaparecidas, segundo novo balanço da polícia. Segundo a agência de notícias Kyodo, o número de mortos pode chegar 1.000.
O Ministério da Defesa do país informou que 1.800 casas foram destruídas na localidade de Fukushima, de acordo com a Kyodo.
Apenas em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo tremor, mais de 200 corpos foram encontrados pela polícia na praia, segundo a agência de notícias local Jiji Press.
O terremoto gerou um tsunami que invadiu cidades da costa leste do Japão com ondas de até 10 metros que arrastaram barcos de pesca e outras embarcações pelas cidades. Vários veículos e casas ficaram submersos.
Ondas gigantes viajaram pelo Pacífico a uma velocidade de cerca de 800 km/h, antes de atingir a costa do Japão.
O epicentro do terremoto foi no oceano Pacífico, a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km. Os primeiros tremores foram identificados às 14h46 (2h46, horário de Brasília). Diversas réplicas estão sendo registradas ainda no país: uma delas, de 6,6 pontos de magnitude, atingiu o noroeste do Japão.
As comunicações no Japão estão prejudicadas. Os celulares estão funcionando com limitações e a telefonia fixa, em Tóquio, com alguma irregularidade.
O metrô da capital japonesa foi paralisado, os carros detidos nas estradas, os aeroportos foram fechados e os prédios foram evacuados entre sons das sirenes e chamadas à evacuação.
Conheça causas e efeitos dos terremotos
A refinaria de petróleo Cosmo, na cidade de Chiba, perto de Tóquio, pegou fogo, com as chamas de até 30 metros de altura. Incêndios em refinarias de outras cidades também foram reportados.
Sobreviventes da tragédia relatam frio e escuridão na área atingida já que a rede elétrica foi bastante danificada.
Tremor é considerado o maior no país
Inicialmente, a agência de metereologia do Japão noticiou que a intensidade do terremoto havia sido de 8,9 pontos na Escala Richter, informação corrigida depois para 8,8 pontos.
De acordo com agências de notícias, este é o maior tremor que atinge o país em sete anos, e o 7º maior na história, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Já a Agência de Metereologia Japonesa afirmou que este foi o terremoto mais forte registrado no Japão.
Após o tremor, a cidade de Tóquio foi atingida por uma forte réplica de magnitude 6,7 na Escala Richter. A princípio, o terremoto foi considerado de 7,9 pontos e, posteriormente, de 8,8 pontos pelo Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA.
As vítimas do terremoto incluem um homem de 67 anos, esmagado por uma parede, e uma idosa, atingida pelo teto da própria casa, que desabou, ambos na região de Tóquio. Outras três pessoas morreram soterradas dentro de casa em Ibaraki, a nordeste da capital, segundo informações da Agência de Gerenciamento de Desastres e Incêndio.
O último terremoto de grandes proporções registrado no Japão aconteceu em 1932, em Kanto. O tremor de magnitude 8,3, matou 143 mil pessoas, segundo o USGS. Em 1996, um tremor de magnitude 7,2, em Kobe, deixou 6.400 mortos.
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Cidades mais atingidas
O terremoto abalou prédios em Tóquio e fez com que as autoridades emitissem um alerta sobre tsunamis, avisando que as ondas podem atingir até 6 metros de altura. O sismo provocou 14 incêndios em edifícios da capital japonesa.
A metrópole japonesa está condicionada a suportar fortes terremotos sem que se produzam danos materiais e sua legislação proíbe, por exemplo, que os edifícios estejam em contato para evitar que um arraste o outro durante os sismos.
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido na capital e em regiões vizinhas, afetando cerca de 4 milhões de residências. Por precaução, prédios foram evacuados.
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Imagens do canal de televisão NHK registraram fumaça saindo de um prédio em Odaiba, bairro de Tóquio, logo após os tremores. O mesmo canal exibiu outra reportagem na qual carros e barcos foram varridos na prefeitura de Fukushima, após o tremor.
Diversas pessoas ficaram feridas na queda do telhado de um edifício no centro de Tóquio onde 600 estudantes participavam de uma cerimônia de entrega de diplomas, de acordo com os bombeiros.
Na província de Fukushima, nordeste do Japão, uma represa rompeu e casas foram tragadas, segundo informou a agência de notícias Kyodo.
O serviço de trem-bala para a região norte do país foi suspenso e as atividades do aeroporto Narita, em Tóquio, estão interrompidas. Outras fontes dizem que o serviço de trens e aviões não está funcionando “em grande parte do país”, segundo as agências de notícias.
Em Sendai, uma das cidades mais atingidas, edifícios ficaram em chamas, o aeroporto, no distrito de Miyagi, foi fechado depois de ser inundado com carros e demais veículos que estavam nos arredores durante o tremor, e as estradas estão repletas de lamas. O governo enviou barcos da Força Naval do país para a área.
Um trem de passageiros da empresa East Japan Railway Co. está desaparecido, segundo informou a agência japonesa Kyodo. O trem estava perto da estação de Nobiru, no percurso que liga Sendai a Ishinomaki, no momento do terremoto.
Outras imagens mostram o nível da água subindo rapidamente na cidade costeira de Miyako, na prefeitura de Iwate. Dezenas de carros estavam boiando nas águas do porto e vários barcos estão à deriva. O parque de diversões Disney de Tóquio também ficou inundado por causa do tsunami.
Estado de emergência nuclear
O governo do Japão informou que o país emitiu um estado de emergência na usina nuclear de Fukushima devido a uma falha no seu sistema de resfriamento registrado após o tremor que atingiu a costa leste e foi seguido de um tsunami. O governo mandou evacuar 2.000 pessoas que residem nos arredores da usina.
O ministro do Comércio e da Indústria japonês, Banri Kaieda, admitiu a possibilidade de um pequeno vazamento na usina, depois de funcionários relatarem um aumento da pressão em um dos reatores, após o terremoto.
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou que o terremoto causou "maiores danos" no nordeste do país, mas que as instalações de energia nuclear na área não foram atingidas e não há risco de vazamento de material radioativo. O chefe de gabinete Yukio Edano afirmou que o estado de emergência foi uma precaução.
Em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que as quatro usinas nucleares japonesas situadas perto da área atingida pelo terremoto foram fechadas por segurança.
A agência de notícias Kyodo disse que um incêndio ocorreu na usina nuclear Onagawa, da Tohoku Electric Power Company, no nordeste do Japão após o terremoto.
Em outro incidente, a província de Fukushima, local de uma usina nuclear da Tokyo Electric Power, disse nesta sexta-feira que o sistema de resfriamento do reator estava funcionando, negando uma informação anterior de que a instalação teve problemas.
Notícia retirado do UOL Notícias*
Em São Paulo
Atualizado em: 11/03/2011 - 18h03

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